
Boavista em risco de fechar as portas aos 122 anos de vida
Foto: Direitos Reservados
O Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia proferiu, esta terça-feira, a sentença de insolvência do Boavista Futebol Clube, a pedido da requerente Ares Lusitani - STC SA. Recorde-se que a direção do clube axadrezado, liderada por Garrido Pereira, havia entrado com pedido de insolvência na última sexta-feira.
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A decisão foi tomada pelo Juiz 5 daquele juízo de Comércio da Comarca do Porto, pelas 15 horas, que nomeou como Administrador da Insolvência Maria Clarisse da Silva Barros, residente em Braga. Esta ação nada tem a ver com a SAD, que gere o futebol profissional do Boavista.
Segundo a sentença, o prazo para reclamação de créditos foi fixado em 20 dias, período que é contínuo, não se suspendendo durante as férias judiciais. Se o prazo terminar num dia em que os tribunais estejam encerrados, o termo é transferido para o primeiro dia útil seguinte.
Como referimos, e sem que tenha levado o caso a Assembleia Geral do Boavista, como exigem os Estatutos, a Direção também fizera um pedido de insolvência, tendo como objetivo tentar travar o leilão em hasta pública de terrenos do Bessa, cujo prazo de licitação terminada nesta terça-feira, por dívidas do clube.
Em causa encontravam-se os terrenos onde estão os campos de treinos e um parque de estacionamento público subterrâneo, com uma área de 22,5 mil metros quadrados. O valor mínimo que era aceite para a compra destes terrenos é de 4,9 milhões de euros. Já em 2024 (de 27 de março a 7 de maio), este património estivera em leilão, que acabou por não ter vencedores uma vez que a maior oferta (3,3 milhões de euros) foi inferior ao mínimo exigido.
A aceitação do pedido de insolência poderá ser a última hipótese de evitar o fim de uma instituição desportiva emblemática do país, de um clube centenário que foi campeão nacional em 2000/01. Isso fica dependente da aprovação de um plano de recuperação pelos credores. Se tal não acontecer, o Boavista Futebol Clube, fundado a 1 de agosto de 1903, fica em risco de desaparecer.

