Após o hastear da bandeira, Vítor Murta discursou para os adeptos que se encontravam presentes na Praça da Pantera, apelando à união e assegurando confiar na justiça. O presidente da SAD dos boavisteiros salientou, ainda, não terem existido conversas com o F. C. Porto quanto a Bruno Onyeamechi e Pedro Malheiro.
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Foi com grande entusiasmo que no final de tarde desta terça-feira os adeptos boavisteiros marcaram presença na Praça da Pantera, em frente ao Estádio do Bessa, para findar as celebrações especiais dos 120 anos do Boavista com o hastear de duas bandeiras: a do clube e a de Portugal. `
O momento foi especial e, como tal, contou com a presença de três figuras do universo boavisteiro: Vítor Murta, presidente da SAD do Boavista; Manuel Tavares Rijo, presidente da Assembleia Geral; e José Ferreira, sócio número oito do Boavista. Vítor Murta foi o primeiro a tomar a palavra e lembrou que a especulação em torno do clube é um sinal claro de que este se encontra ativo. "Apesar de haver muita gente que nos quer mandar lá para baixo, que nos quer matar, ninguém vai conseguir porque estamos vivos", referiu, apelando à união de todos. "Vamos acreditar porque o Boavista tem futuro. O Boavista vai durar eternamente", garantiu. O presidente da SAD tocou, ainda, na rescisão contratual de Reggie Cannon, adiantando acreditar na justiça e de que "as coisas são feitas com coerência e transparência". "Não tenho dúvida nenhuma, o Boavista tem razão", apontou.Por sua vez, Manuel Tavares Rijo adotou também um discurso de união, a par de Vítor Murta, e lembrou que "os problemas da casa têm de ser ditos e resolvidos em casa". "Há uns anos, quando estávamos nas distritais, ninguém dizia mal do Boavista. Quando nós crescemos, e vimos à ribalta, começam a pensar no 'Boavistão' de outros tempos, que pode aparecer, e vai aparecer, seguramente, e esse incomoda", rematou.
Reforços? O segredo poderá estar na formação...Vítor Murta abordou, também, a situação do plantel, referindo-se à formação como uma solução válida para colmatar as saídas. "Acredito piamente nos jogadores que temos. Se formos a ver as saídas, acho que temos atletas no plantel que podem colmatar essas saídas. E há jogadores que vieram da formação que tenho a certeza que vão ser agradáveis surpresas", afiançou.
Haverão mais saídas?Quanto a Chidozie, sem adiantar muito, o dirigente lembrou a incapacidade do mercado em Portugal em manter os ativos. "Todos os jogadores estão no mercado. Não há equipa portuguesa nenhuma que possa dizer que não tem os jogadores no mercado. A questão é que temos de equacionar custo e benefício. Se houver saídas, e forem boas vendas, temos de equacionar a eventual entrada de jogadores", adiantando, na sequência, que se o clube vender, nesse caso terá dinheiro "para resolver os impedimentos".
Por fim, e a par das notícias que têm circulado, o presidente da SAD do Boavista disse não existir diálogo com os dragões relativamente a Pedro Malheiro e Bruno Onyemaechi, confessando, no entanto, a surpresa caso não existisse interesse nestes dois atletas. "Seria de estranhar se o F. C. Porto não tivesse interesse nesses atletas, porque os dois laterais que nós temos, na minha ótica, são dois dos melhores laterais do campeonato português", chutou.