Depois do Boavista clube ter sido declarado insolvente pela justiça, esta quinta-feira foi a SAD a pedir a insolência, para fazer face a uma situação financeira "insustentável", após a rejeição do Plano Especial de Revitalização (PER). O processo iniciado visa a reestruturação integral e a recuperação da sociedade.
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Em comunicado, a Administração da SAD vinca que foi conduzida à única via legal (declaração de insolvência) que permite a recuperação, sendo que a decisão, "ponderada e estratégica", foi tomada depois de "esgotadas todas as alternativas realistas".
A sociedade, que tem Fary Faye como presidente desde 7 de maio de 2024, admite viver uma "conjuntura económico-financeira de extrema complexidade", que conduziu a uma situação insustentável, na sequência do chumbo do PER e do "volume de exigências dos credores públicos", fruto das dívidas acumuladas entre 2019 e 2023 - na atual gestão o passivo não foi agravado -, apesar de ter pago quase cinco milhões de euros ao Estado no último ano.
Chumbada a inscrição na Liga 2 e com a participação na Liga 3 em risco - decisão final da FPF é hoje conhecida -, o comunicado anuncia um "compromisso inequívoco com a recuperação plena da sociedade" da administração e do acionista maioritário (Gérard López), seja em que divisão for, e a promessa de "liderar uma nova etapa de reestruturação com rigor, transparência e ambição, garantindo as condições para um futuro sólido, sustentável".
A SAD avança ainda que os trabalhos da equipa de futebol para a nova temporada arrancaram esta quinta-feira, com o plantel principal a realizar exames médicos.