"Xeneizes" estão há 11 jogos sem vencer e batem, de forma amarga, os piores registos do clube, que eram de 1957 e 2021. Longe dos títulos e com conflitos internos, a situação desportiva está delicada.
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Ao longo dos anos, o Boca Juniors desenhou equipas competitivas e que encheram as vitrines com títulos. No entanto, no clube onde já passaram Maradona, Riquelme, Palermo ou até Tévez, os últimos tempos têm sido de aflição.
No passado domingo, no dia 27, o gigante argentino foi vergado pelo Huracán (1-0), na terceira jornada do Clausura, num jogo marcado pela substituição insólita de Merentiel, e que prolongou o ciclo negativo para 11 jogos sem conhecer o sabor da vitória - pelo meio ganhou uma eliminatória, mas no desempate por penáltis. Ora, este tornou-se num marco histórico, mas pela negativa para desespero dos adeptos. É a pior sequência sem vitórias em 120 anos de existência, batendo os 10 encontros sem triunfar de 1957 e de 2021.
Durante este período, os responsáveis pelo emblema do bairro de La Boca, em Buenos Aires, foram buscar para o comando técnico Miguel Ángel Russo, de 69 anos, para a terceira passagem na equipa. E recentemente anunciaram a contratação do internacional argentino Leandro Paredes, de 31 anos, vindo da Roma, numa apresentação com a Bombonera lotada. Contudo, a intenção mostrou-se curta para resolver os problemas no imediato.
Atritos e fora das taças
A instabilidade cresce e a imprensa argentina dá conta de um caso. Na terça-feira, Marcos Rojo, de 35 anos, saiu irritado de um treino após o técnico reunir os convocados frente ao Huracán para falar e pedir aos outros que abandonassem o relvado. A relação, que já não era boa, ruiu e o central passou a treinar à parte e terá sido impedido de entrar no balneário, mas contrariou esta última ordem, assim como Saracchi e Lema. Enquanto isso, o presidente Riquelme procura dar uma resposta à crise. Segundo o jornal "Olé", o dirigente terá decidido dissolver o conselho de futebol e contratar um "manager", ou seja, um gestor.
Numa época dura, certo é que o sucesso tem escapado aos "xeneizes". Em 2024 falharam a Libertadores e este ano foram afastados pelo Alianza Lima na segunda eliminatória. Fora isso, no Mundial de Clubes empataram com o semiprofissional Auckland e não passaram aos oitavos. Já a nível interno, a coisa não está melhor. Afastado nos playoffs do Apertura (Abertura) e, perante a queda na Taça, só os resultados no Clausura (Encerramento) poderão valer a Libertadores ao Boca.