Finalista surpreendente da Liga dos Campeões tem treinador, jogadores e dirigentes que representam o clube há décadas.
Corpo do artigo
Treinador na formação, observador, adjunto, diretor técnico, treinador principal. Edin Terzic já foi quase tudo no Borussia Dortmund, mas houve um papel que desempenhou desde sempre, o de adepto. Em 1997, viu numa televisão colocada nas ruas da cidade como o grande clube da Vestfália conquistava a primeira e até agora única Liga dos Campeões, ao derrotar a Juventus (3-1); em 2013, esteve em Wembley na outra final da Champions que o Dortmund disputou (derrota com o Bayern Munique, por 2-1); e no primeiro dia de junho voltará ao mítico palco londrino, desta vez para estar diretamente envolvido noutro ponto alto da história do BVB. Como o ídolo e a inspiração Jurgen Klopp, também ele contrariou todos os prognósticos e está na iminência de conquistar o que pouquíssimos conseguiram: ganhar a imortalidade no clube do coração.
Terzin, 41 anos e ainda com passagens por Besiktas e West Ham, não é caso raro nem é o único, como se verá, que pode levar até ao limite a ligação com o clube do coração. Para já, diga-se que aproveitar a prata da casa é uma das marcas registadas do Borussia, exemplar, entre outras coisas, na maneira como forma, potencia e tira proveito dos nativos da cidade, quase todos ferrenhos do preto e amarelo. Primeiro no campo, como jogadores ou treinadores, depois noutros cargos. Michael Zorc, por exemplo, esteve 44 anos ligado ao clube, antes de sair como o herói que foi para aquela gente. Disputou 558 jogos, prevalecendo ainda hoje como o futebolista mais vezes utilizado pelo BVB. Já Lars Ricken, passou de jogador a coordenador, antes de ser tornar diretor-geral da formação, e também ele vive do e para o Borussia há mais de três décadas: como Zorc, também nasceu em Dortmund e não vestiu outra camisola ao longo da carreira.