
Bozeník estará de saída do Boavista
Foto: Estela Silva / Lusa
O avançado Robert Bozeník diz não ter condições de continuar no Boavista e salienta dificuldades como a falta de água quente, de luz ou salários em atraso.
Chamado para os compromissos da Eslováquia frente à Grécia e Israel, Robert Bozeník admitiu não ter condições para continuar no Boavista e profere várias críticas.
"Compreendo que, para quem não acompanha o futebol de perto ou os bastidores, a perceção possa ser diferente. Contudo, o trabalho de um avançado vai muito além de marcar golos. Quando enfrentamos dificuldades como falta de água quente, luz ou salários em atraso durante dois meses, isso reflete-se inevitavelmente no campo", disse, citado pelo jornal eslovaco Sport.
Ainda esta época, Bozeník viu uma transferência para o Real Salt Lake, da MLS, cair no último dia, mas ainda tem contrato com os axadrezados por mais um ano, mas diz não saber da existência da possibilidade de rescindir antecipadamente pela descida à Liga 2.
"Sinceramente, nem sei os detalhes exatos do contrato. A minha prioridade foi despedir-me de forma digna dos colegas cujos contratos terminaram. O meu contrato é válido por mais um ano, mas devo admitir que já não vejo o meu futuro no clube. Lamento a descida à segunda divisão, mas as minhas ambições desportivas são maiores. Apesar dos desafios, orgulho-me do meu desempenho na época passada, onde marquei cinco golos", referiu.
Em relação à transferência falhada para a MLS, Bozeník explicou que tentou ajudar o Boavista financeiramente. "Durante o meu tempo nos EUA, enfrentei situações que ainda me marcam profundamente. Sempre me esforcei para ser honesto e profissional, mantendo o foco no campo e lutando pelo melhor para a equipa. Em três anos, dei tudo de mim por aquele clube. Além de contribuir com o meu desempenho desportivo, também procurei ajudar o clube financeiramente. Fiz uma viagem à volta do mundo, exames numa clínica e, no final, enfrentei uma situação semelhante à que vivi em Sevilha. O clube tentou alterar os termos do acordo no último momento, pedindo mais dinheiro".

