Com apenas 14 anos, Braga Rugby já se tornou uma referência a nível nacional pela forma como envolve gerações. Clube minhoto tem cerca de 300 atletas a praticar râguebi em todos os escalões e é uma referência na modalidade.
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Formar pessoas dentro e fora de campo é o lema que se vive todos os dias no Braga Rugby. Com cerca de 300 atletas de todas as idades, desde os quatro aos 60 anos, o clube é hoje uma referência a nível nacional e um dos mais expressivos da modalidade no Norte do país, não apenas pelos resultados, mas, sobretudo, pelo trabalho formativo, educativo e social.
Israel Azevedo, um dos treinadores do clube, resume a essência do projeto com o “ambiente familiar”. “Trabalhamos com os jovens, mas também com os pais. Queremos formar jogadores, sim, mas, sobretudo, cidadãos de excelência”. Para além das regras e das táticas, no Braga Rugby fala-se muito de valores como respeito, disciplina e entreajuda. “São pilares que levamos muito a sério. Não basta dizê-los, é preciso vivê-los e aplicá-los”, acrescentou.
O clube promove a modalidade de forma inclusiva, com equipas mistas até aos sub-14 e uma forte aposta no “rugby touch”, onde até os pais entram em campo. “Enquanto os filhos treinam, os pais também jogam. Há espaço para todos”, partilhou Pedro Aguilar, presidente e um dos fundadores do clube, criado há 15 anos.
“Temos escalões desde sub-6 até veteranos, e deslocações frequentes até Lisboa, Alentejo ou Algarve. Os pais são parte fundamental do clube. Ao envolvê-los na atividade, e nas responsabilidades, cria-se uma união maior. É uma paixão que é passada geração em geração”, completou o dirigente.
Fundado há 15 anos, o Braga Rugby é também uma casa de competição com os seniores na 1.ª Divisão nacional. “Queremos crescer desportivamente, mas sem nunca perder a missão formar grandes jogadores e grandes pessoas”, disse o presidente.
O clube quer evoluir sem perder identidade, mas Pedro Aguilar reconhece os desafios para abraçar voos maiores. “Temos apoios das autarquias e de empresas, mas o aluguer do espaço é uma das nossas grandes dificuldades. Absorve grande parte do nosso orçamento”, desabafou. Ainda assim, os objetivos de aumentar a família não param, e um dos projetos passa por relançar uma equipa feminina: “Já tivemos uma equipa sénior e queremos voltar a tê-la, mesmo sabendo que será um desafio”, concluiu.
O que dizem os atletas
António Silva, 15 anos: “Vim para aqui por sugestão do meu pai, porque o meu irmão também já jogava no clube, e logo no primeiro treino decidi ficar”