A seleção canarinha desiludiu frente ao Senegal, apesar de ter sentido o forte apoio da comunidade brasileira presente no Estádio José de Alvalade, em Lisboa. Perdeu por 4-2 num jogo em que os jogadores das duas seleções perderam as estribeiras no fim.
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A falta de ideias, a desorganização e uma certa dose de arrogância impediram a “canarinha” de conseguir um resultado positivo em Alvalade, onde praticamente jogou em casa. Os comandados de Ramon Menezes sentiram que o jogo esteve sempre ao seu alcance, mas foram surpreendidos por uma seleção senegalesa que não criou muitas oportunidades, mas foi eficaz na finalização.
O Brasil assumiu a iniciativa do encontro e chegou rapidamente ao primeiro golo, aos 11 minutos, num lance em que Bruno Guimarães encontrou Vinícius Jr. na ala esquerda, com um excelente passe, e o extremo do Real Madrid cruzou para o golo de cabeça de Lucas Paquetá. Os senegaleses raramente incomodaram Ederson, mas, num lance fortuito, Habib Diallo surgiu solto de marcação e, sem deixar a bola cair no relvado, fuzilou a baliza adversária.
Na segunda metade do encontro, o Brasil entrou adormecido e o Senegal aproveitou a desconcentração para marcar por duas vezes, primeiro num autogolo do central brasileiro Marquinhos, e chegando ao 3-1 com um belo remate, apontado por Sadio Mané, que acabou no canto superior direito da baliza de Ederson. A seleção canarinha acordou e começou a meter o pé no acelerador, mas, apesar de ter reduzido para 3-2, por intermédio de Marquinhos, a reação foi insuficiente para evitar a derrota. Mané apontou o 4-2 no último minuto, de penálti.
Num amigável com o objetivo de alertar para o impacto do racismo, o jogo ficou marcado, no fim, não pela união, mas sim pelos desacatos entre jogadores do Brasil e do Senegal.