Desavenças entre os líderes dos dois clubes estão na origem da rivalidade entre Botafogo e Palmeiras nos últimos anos. Clube do Rio de Janeiro, que já ganhou a Libertadores e é treinado por Artur Jorge, pode ganhar o Brasileirão neste domingo.
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O antagonismo atingiu tal ponto que a certa altura Leila Pereira chegou a afirmar que “esse senhor é a vergonha do futebol brasileiro e devia ser banido”. O alvo da presidente do Palmeiras: John Textor, proprietário do Botafogo, que antes havia acusado o clube de São Paulo e a dirigente de tudo e mais alguma coisa, desde corrupção até manipular imagens do videoárbitro num jogo entre as duas equipas. “Temos provas de que o Palmeiras tem sido beneficiado por manipulação de resultados”, chegou a dizer o americano. Processo para aqui, processo para ali, FIFA e o Ministério Público ao barulho, mais acusações graves, mais respostas, insultos mais ou menos originais e, por fim, um ambiente irrespirável entre Botafogo e Palmeiras, que chegou ao cúmulo de Leila não ir ao estádio Nilton Santos por questões de segurança. E logo eles que nunca foram rivais em coisa alguma.
Mais do que um títuloPor isso é que amanhã (19 horas), na última jornada do campeonato, há mais do que um título em jogo. Para o “Fogão”, comandado por Artur Jorge, é a hipótese de ser campeão pela primeira vez em 30 anos; para Textor é o ajuste de contas com Leila Pereira a cumprir-se, até porque pode fazer algo que a rival (ainda) não conseguiu: juntar a Libertadores ao título nacional. Um ponto é que o basta ao Botafogo para garantir o primeiro lugar e como o jogo é com o São Paulo, esse sim um grande rival do Palmeiras, poucos acreditam noutro cenário. Até Abel Ferreira já deu a luta por perdida, embora o golpe de teatro esteja à distância de uma vitória sobre o Fluminense (se o Botafogo perder). Eis Textor a equilibrar o frente a frente com Leila Pereira.