<p>O Benfica necessita hoje, quinta-feira, de repetir as exibições, realizadas em Londres, em 1991, frente ao Arsenal (triunfo por 3-1), e em Leverkusen, em 1994, com o Bayer (4-4), para ultrapassar o mesmo resultado negativo, obtido na primeira mão, em Lisboa: 1-1. </p>
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Apenas seis elementos viveram a dupla experiência, mas só um possui a sensação de ter escutado o ambiente frenético do Velódrome. À semelhança de Neno, Kulkov, Yuran, Isaías e Rui Costa, que acompanha a equipa, Vítor Paneira esteve nas noites gloriosas e acredita na capacidade para as reviver em Marselha, local do maior "massacre" da carreira como futebolista, na meia-final de 1990. "Optimismo", "confiança" e uma "boa entrada" são premissas essenciais de um desempenho positivo.
"Encarámos os dois jogos com grande optimismo, quer em Londres quer em Leverkusen. Entrámos mais ou menos bem e isso foi muito importante. Acabámos por sofrer e estar em desvantagem por um e dois golos na Alemanha. Porém, nunca desistimos e conseguimos a reviravolta", recorda o actual treinador do Boavista.
A mensagem do técnico é uma arma importante e o extremo recorda que Eriksson e Toni lançaram-na de forma diferente. O sueco enfatizou a ideia de "vencer o jogo nos 90 minutos" e o adjunto português a de "impor um ritmo próprio e nunca entrar no do oponente". "O Leverkusen tinha Schuster e não se devia deixá-lo jogar."
Bloquear Lucho
O antigo número sete acredita num "flashback", uma vez que a equipa pratica um futebol de qualidade e tem sentido de baliza". A receita passa por "jogar à Benfica" nos olhos do oponente.
"Deve entrar cara a cara e provocar receio. No fundo, o que o Marselha fez aqui e causou surpresa. Depois da partida de Lisboa talvez existisse quem pensasse que a eliminatória estaria praticamente resolvida. Todavia, Lucho González foi esperto e avisou, no final, que tudo está em aberto. Ele sabe-o bem", destacou. Bloquear o médio argentino é outro facto preponderante. "O Benfica não deve deixá-lo entrar no encontro", acentuou.
No resto da história com cinco décadas europeias, a águia só saiu de Lisboa com um empate por mais duas vezes, Em 73/74 eliminou o Upjest na Hungria por 2-0 e, em 86/87 foi afastado pelo Bordéus com uma derrota por 1-0., em França.