Bruno de Carvalho promete vitórias e resolver os problemas financeiros do Sporting

"Não é preciso falar-se em questões de dinheiro. Vamos resolvê-las, foi para isso que fomos eleitos. O que eu quero é ganhar no sábado ao Benfica em equipas B e, na segunda-feira, ao Sporting de Braga, para o campeonato", disse Bruno de Carvalho, após a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais, que decorreu no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade.

O presidente dos "leões" insistiu em centrar o foco das suas intervenções no plano desportivo, alegando que a vertente financeira diz respeito a "questões internas de gestão", sobre as quais tudo o que tiver de dizer, di-lo-á aos sócios "na altura certa".

Quanto à continuidade ou não de Jesualdo Ferreira como treinador do Sporting na próxima época, Bruno de Carvalho não foi completamente esclarecedor: "Se admito estender o contrato? Está tudo em aberto, mas o que importa agora é começar o trabalho conjuntamente com Jesualdo. Já tinha dito que ele é o nosso treinador, as pessoas estavam ansiosas para que nos encontrássemos, já nos encontrámos, e agora vamos estar juntos em Braga e nos restantes jogos para vencê-los".

"A minha prioridade é trabalhar. Já me fui inteirando de alguns dossiers, hoje estive na Academia, não se consegue saber tudo em dois dias, mas o Sporting precisa que se comece a tomar decisões em prol do clube", respondeu Bruno de Carvalho, que revelou ter-se encontrado, também, com os jogadores do plantel principal, os quais estão "conscientes da importância do Sporting chegar ao quinto lugar".

Desvalorizou o facto de Godinho Lopes ter abandonado a sala antes do discurso que proferiu após ser empossado como 42.º presidente da história do Sporting: "Gostava muito mais que os sócios estivessem aqui para me ouvir e, como viram, a sala estava cheia. Quero criar um novo Sporting, em unidade, coesão e em vitórias desportivas, que tragam alegrias aos sócios. Essas questões não têm qualquer interesse".

Questionado se receava deparar-se com surpresas desagradáveis no plano desportivo e, sobretudo, financeiro, replicou que "nada é desagradável" quando se trata de assuntos do Sporting e que resolvê-los "só poderá dar mais ou menos trabalho".

"Disse que iria dar 24 horas ao clube e vou fazê-lo. Uns dias darei 16 horas, outros 24, e quando tudo entrar no ritmo certo poderei abrandar para 14 ou 12 horas", referiu Bruno de Carvalho, que não vê qualquer problema de natureza ética em relação à posição de Augusto Inácio como treinador do Moreirense e futuro dirigente do Sporting.

Mostrou-se despreocupado com a necessidade de o Sporting ter de cumprir o plano de "fair-play" financeiro da UEFA, questão que prometeu resolver, e desviou de novo a agulha para a parte desportiva, ao sublinhar o "empenho e o espírito de vitória" que o une "a Virgílio, que segue para Itália para trazer a Taça Next Generation, e a Jesualdo Ferreira".