Bruno de Carvalho quebra silêncio: "Nunca quis ser um líder populista"

É a primeira vez que Bruno de Carvalho utiliza as redes sociais desde domingo, dia em que reagiu ao processo de destituição de que foi alvo na Assembleia Geral de sábado.

"Nunca quis ser um líder populista. Um demagogo de frases feitas, que age para seu benefício e que quer levar as massas por promessas ocas mas apelativas", escreveu Bruno de Carvalho no início de uma longa publicação que surge no primeiro dia em que conseguiu "despir a camisola de Presidente do Sporting CP".

O antigo líder do Sporting agradeceu aos 30% dos sócios que, no sábado, votaram na sua continuidade e aos seus "leais membros da direção" que encabeçou antes de receber o cartão vermelho da maioria dos presentes na Altice Arena. O homem que liderou os destinos do Sporting desde 2013 admitiu que foi "pouco hábil na diplomacia" justificando o erro por "não ter mãos a medir num trabalho e objectivo de recuperação desportiva, financeira, de imagem".

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"A vontade de fazer sempre mais, e mais e mais, levou a que o discurso não fosse moderado. Um ditador arrogante mas afinal era só um líder apaixonado e disposto a dar a vida pelo nosso Clube", disse. "O Clube chegou ao sucesso e a minha imagem pessoal ficou totalmente deturpada ao olhos de muitos", admitiu. "Algumas ajudaram, alguma comunicação social contribuiu, mas o maior culpado fui eu que, na busca constante da Glória do Clube, me esqueci de mim próprio e da forma que deveria projectar a minha imagem", disse.

Sobre as eleições marcadas para dia 8 de setembro, Bruno de Carvalho pede que cada lista seja encarada com o "respeito que merece". Sem nunca confirmar que vai candidatar-se apela a que o processo disciplinar de que é alvo termine e recorda na Assembleia de sábado, os Sporting escolheram novas eleições e não a sua expulsão ou suspensão de sócio.