Bruno Lage fala de um trabalho diário e evita "fazer comparações com o passado"
Bruno Lage fez o lançamento para o desafio com o Feyenoord, marcado para esta quarta-feira, às 20 horas, num duelo a contar para a terceira jornada da fase de liga da Champions. O técnico dos encarnados mencionou a importância de criar uma linha de trabalho e analisou a evolução e as aprendizagens ao longo da carreira.
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"O trabalho que fizemos não foi só com o Atlético de Madrid. Nós preparamos os jogos sempre da mesma maneira. Primeiro perceber o que de bom fazemos no jogo anterior, conhecer ao detalhe o adversário seguinte, definir entre nós a estratégia, propor, aplicar no treino, e sentir a confiança dos jogadores. Foi isso que fizemos nos jogos todos", começou por esclarecer Bruno Lage, não diminuindo todos os resultados obtidos até então para destacar um em específico.
De seguida, o técnico encarnado deixou rasgados elogios ao foco de Aursnes e diz estar quase "sem palavras com a excelente conferência". "O jogador está completamente focado no jogo de amanhã. A nossa ambição é essa, voltar a fazer um grande jogo, criar oportunidades, marcar golos e somar três pontos, ainda para mais quando estamos num formato diferente de Liga dos Campeões. Nós temos seis pontos, não nos garante nada, e queremos amanhã somar mais três", atirou.
Bruno Lage falou, ainda, do segredo inicial para um arranque de sucesso: "Não quero fazer comparações com o passado, há aqui vários jogadores que podem desempenhar diferentes funções e essa é a nossa base, a nossa forma de trabalho. Depois, ser assertivos com eles. Amanhã vamos ter duas conversas com os jogadores, e depois o jogo é deles, eles é que têm de colocar em prática todo o trabalho".
Por fim, desviou-se do tema Frederico Varandas, presidente do Sporting, mostrou-se agradado com o rendimento de Kokçu e fez uma retrospetiva sobre a evolução enquanto técnico.
"Não me vejo melhor ou pior treinador em função dos resultados. Claro que ajudam, mas a minha passagem por Inglaterra, fundamentalmente, deu-me outras experiências que não tinha. Mas isso faz parte de qualquer treinador. À medida que vai fazendo mais jogos, mais treinos, claro que se vai evoluindo. Esse é o princípio da aprendizagem: quantas mais experiências tivermos, mais aprendemos. Pela minha forma de trabalhar, aprendi muito com as análises que fomos fazendo, quer dos adversários, mas fundamentalmente da nossa equipa. Não partimos para o jogo seguinte sem perceber muito bem o nível da equipa em cada momento, para depois perceber se determinada estratégia foi ou não concretizada. E isso, como digo, é o princípio de qualquer aprendizagem e evolução", atirou.