Treinador tenta repetir 2019 e somar quatro vitórias seguidas no arranque. Assembleia vota contas negativas num clima que se antevê quente.
Corpo do artigo
Bruno Lage deseja manter a dinâmica e avolumar a onda de vitória na receção ao Gil Vicente, este sábado (20.30 horas, BTV), na Luz, um registo que permitiria ao técnico igualar a série de triunfos da estreia, em 2019. Aí, venceu o Rio Ave, 4-2, Santa Clara, 0-2, e Vitória em dois jogos (Liga e Taça de Portugal, ambos por 0-1). Neste regresso a casa, depois da estreia com o Santa Clara (4-1), vergou o Estrela Vermelha (3-2), na Liga dos Campeões, e o Boavista (3-0), na última ronda da Liga.
Frente ao Gil Vicente, o treinador deve manter a maioria da estrutura preferida. Com Kokçu e Akturkoglu em destaque, o treinador também começou por valorizar Rollheiser. Já Leandro e Prestianni foram preteridos. No entanto, o extremo argentino, que já alinhou no trio de meio-campo, parece ter sido ultrapassado por Aursnes, que se estreou a titular no Bessa e deve manter a posição.
A grande dúvida centra-se no lado direito da defesa. Bah assumiu, inicialmente, o papel, mas a lesão em Belgrado afastou-o da batalha do Bessa e não é seguro que esteja em condições de voltar amanhã. O futebolista tem realizado tratamento à lesão (corte com cinco pontos numa perna) e mantém-se em dúvida.
Diante do Boavista, o técnico surpreendeu com a aposta em Tomás Araújo. Lage justificou pela especificidade estratégica do oponente, mas o facto de não ter escolhido Issa Kaboré, jovem lateral contratado para ser alternativa ao dinamarquês, suscitou a dúvida sobre o verdadeiro estatuto do jovem do Burquina Faso. Em casa, num contexto de ampla superioridade territorial e permanência no ataque, é crível que Bruno Lage valorize o potencial ofensivo do africano.
Reunião quente
O duelo com os gilistas será realizado na ressaca de mais uma assembleia geral, esta noite, para aprovar o Relatório e Contas do clube, que apresentou um resultado negativo de 21,1 milhões. Um encontro que se antevê quente até pelos ecos da entrevista crítica de Luís Mendes, antigo homem forte das finanças da SAD.
