Bragantino recebe Botafogo e passará a depender só de si para ser campeão pela primeira vez. Abel Ferreira também na luta.
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Quando o campeonato brasileiro terminar, talvez faça mais sentido distribuir os deméritos e dissecar os defeitos do que enaltecer os méritos e apontar as virtudes. O Botafogo chegou a ter um avanço de 13 pontos para o segundo, mas entrará na 34.ª jornada com o coração nas mãos, tolhido pelo medo de perder o que chegou a estar ganho e cercado por todos os lados. Por seu lado, os perseguidores mais próximos – o Palmeiras, de Abel Ferreira, e o Bragantino, de Pedro Caixinha – tiveram a oportunidade de ascender à liderança na ronda anterior, mas também lhes pesou a pressão do momento. A estes ainda há que juntar Grêmio, Flamengo e Atlético Mineiro: entre o primeiro e o sexto classificados há apenas cinco pontos, à falta de cinco jornadas para disputar.
Que a luta pelo título alcance a fase decisiva totalmente em aberto chegou a parecer impossível, mas a partir de certa altura ganhou toda a aparência de ser inevitável. O Botafogo nunca mais foi o mesmo desde a saída de Luís Castro, não se recompôs com Bruno Lage no banco, começou a perder pontos e até da própria sombra começou a desconfiar, deixando, assim, caminho aberto para os rivais se aproximarem. Se ver Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro embrulhados nesta onda não devia surpreender (são os últimos três campeões), chama a atenção a intromissão do Red Bull Bragantino, com Pedro Caixinha colocar este clube em patamares inéditos e a sonhar com o primeiro título de campeão.