A Câmara Municipal da Maia rejeita, em comunicado, quaisquer "irregularidades ou ilegalidades" relacionadas com a hasta pública que selou a venda dos terrenos para a construção da nova Academia do F. C. Porto.
Corpo do artigo
Num comunicado a que o JN teve acesso, a Câmara Municipal da Maia negou esta sexta-feira quaisquer ilegalidades relativas à hasta pública para a construção da nova Academia do F. C. Porto.
"A Câmara Municipal da Maia desmente categoricamente que em relação à hasta pública realizada pelo Município de terrenos de sua propriedade que foram adquiridos pelo Futebol Clube do Porto para a construção da sua Academia, se tenha verificado qualquer irregularidade e muito menos qualquer ilegalidade, estando completamente disponível para fazer prova documental disso mesmo a qualquer entidade inspetiva ou judicial", pode ler-se.
Recorde-se que, na quinta-feira, o vereador socialista Francisco Vieira de Carvalho levantou a possibilidade de o ato administrativo que selou a venda dos terrenos ser nulo e ilegal, pelo facto de o despacho enviado para publicação em "Diário da República" pelo presidente da autarquia, António Silva Tiago, ter uma data anterior (22 de março) ao da realização da Assembleia Municipal (25 de março) na qual o processo foi aprovado.
"Para a Câmara Municipal da Maia todas as notícias publicadas sobre essa matéria resultam de informações falsas prestadas por manifesta ignorância ou má-fé. E revelam, sobretudo, um profundo desconhecimento sobre as normas aplicáveis à publicação de anúncios de hastas públicas no Diário da República, regulada pela Portaria 318-A/2023, de 25 de outubro", refere ainda o comunicado da autarquia maiata.
"As declarações absolutamente infelizes do vereador Francisco Vieira de Carvalho, porque inverdadeiras e injuriosas em relação Câmara Municipal da Maia, que atingem a honorabilidade da maioria que compõe o Executivo e o profissionalismo dos seus funcionários, além de irem ser objeto de queixa ao Ministério Público, porque consubstanciam uma difamação clara, revelam que o citado vereador, cuja credibilidade pública é nula, na sua ânsia de protagonismo, não se coíbe, pelo seu comportamento irresponsável, de prejudicar não só a imagem da instituição Câmara Municipal da Maia como os superiores interesses do Concelho e das suas gentes, atitude já habitual, mas que urge por cobro, pelas vias à disposição num Estado de Direito Democrático", acresce a nota.