Campeão olímpico distribuiu inspiração no Grande Prémio JN

Convidado inesperado neste Grande Prémio JN, o campeão olímpico Iúri Leitão marcou ontem presença no início e no final da etapa, onde reviu antigos companheiros, entregou a camisola amarela na cerimónia do pódio e distribuiu muita simpatia entre o público.

“É um gosto enorme receber este carinho das pessoas. E da mesma forma que gostaria de tirar fotografias com os meus ídolos, faço-o com todos os que me pedem”, disse o ciclista, que com Rui Oliveira foram os únicos atletas a conquistarem uma medalha de ouro para Portugal, nos Jogos Olímpicos.

Iúri Leitão, que chegou também a competir neste Grande Prémio JN, tendo em 2017 envergado a camisola de líder da juventude, e, no ano seguinte, sido o melhor sub-23, “numa meta especial em Viana do Castelo”, tem um percurso inspirador para muitos atletas, numa responsabilidade que assume. “É inevitável que, sobretudo, os mais jovens me vejam como referência. E o que sempre digo é que todos podemos ser o que quisermos. Basta ter dedicação e determinação e um pouco de sorte. Com isso, qualquer um dos miúdos que agora me vê na televisão pode um dia ter êxitos”, vaticinou.

O percurso de Iúri Leitão no ciclismo começou no clube da terra natal, em Santa Marta de Portuzelo, freguesia vianense onde é um ídolo e uma inspiração para muitos jovens, alguns deles trajados a rigor com o fato de ciclista e a bicicleta para assistirem ao final da etapa de ontem. 

“Ter um campeão olímpico e mundial da minha freguesia foi algo que nunca imaginei. De certeza que não haverão muitas terras com essa alegria”, disse Simão Pedroso, 15 anos, com a concordância do amigo Gonçalo Amorim, 14 anos: “Ainda por cima ele é muito simpático, fala e treina connosco. É uma inspiração”.

Simão Trancoso, de 15 anos, também atleta do GDC de Santa Marta de Portuzelo, considerou que este êxitos de Iúri “vão ajudar a trazer mais jovens para o ciclismo e mostrar que não é só o futebol que deve ter apoios”.