A prova parou em abril para a maioria dos clubes e só deve voltar em agosto. Jogadores perdem ritmo competitivo.
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A 7 de abril, 48 das 56 equipas que compunham as quatro séries do Campeonato de Portugal terminaram a temporada e enfrentam agora uma paragem competitiva de cerca de quatro meses e meio, se o regresso se fizer em agosto, quando começou a última edição da prova. O calendário ainda não está definido, nem a data do arranque, mas o formato da competição promete manter-se em 2024/25: os dois primeiros de cada série apuram-se para o play-off de subida à Liga 3 e os cinco últimos descem aos distritais. As consequências de um intervalo competitivo tão grande, numa prova semi-profissional, estão à vista. “Temos dificuldades para segurar os jogadores. Dizem que para jogar oito meses não estão interessados, porque depois estão quatro meses sem receber”, explicou, ao JN, Joaquim Barbosa, presidente do Rebordosa.
Se cada plantel das 48 equipas que terminaram a época tiver uma média de 24 futebolistas, estão 1152 atletas parados, nesta altura. “Perdemos o controlo sobre eles, jogam futsal, alguns lesionam-se e chegam ao arranque da pré-época, com problemas físicos”, acrescentou. Mas o que não faltam são repercussões financeiras a vários níveis de uma paragem tão prolongada: “Temos de continuar a pagar a manutenção do relvado, água e luz, fazer manutenção às instalações e o dinheiro não abunda, porque não há atividade”, completou Joaquim Barbosa, sendo esta a realidade de muitos emblemas do quarto escalão nacional.