Miguel Azevedo, candidato pela lista A às eleições da A. F. Braga, que se realizam amanhã, sexta-feira, emitiu um comunicado no qual denuncia "com total frontalidade e indignação, as gravíssimas ingerências políticas que têm manchado o normal decurso do processo eleitoral" da associação.
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"Nos últimos dias, presidentes de câmara, candidato a presidente de câmara, vereadores, chefes de gabinete e assessores têm procurado condicionar clubes filiados, recorrendo a convites para jantares pagos e promessas de apoios futuros como moeda de troca para garantir votos. Tudo às claras e comprovado por vários dirigentes de clubes que se confessam constrangidos com estes métodos inaceitáveis. Tais métodos ferem a autonomia da nossa Associação e representam um atentado contra a liberdade de decisão dos clubes", pode ler-se no documento.
"Este plano foi orquestrado por um deputado da Assembleia da República, no cargo de presidente da Concelhia do PS de Braga e candidato a vereador da CM Braga, sendo coadjuvado por outros políticos, alguns deles diretamente envolvidos no chamado "processo Tutti Frutti". Trata-se de uma atuação particularmente grave, que associa práticas de condicionamento político a figuras já marcadas por suspeitas de redes de influência", adianta a lista A que terá como oposição Pedro Sousa.
"Estamos perante uma tentativa de regresso a um passado negro, em que os políticos controlavam instituições desportivas para benefício próprio, restringindo a independência das mesmas e instrumentalizando-as como palanque político. Esse retrocesso é incompatível com a transparência, a democracia e a meritocracia que devem nortear o futebol distrital", enaltece.
Por isso, Miguel Azevedo "repudia estas práticas vergonhosas e apela a todos os clubes para que resistam a pressões externas". E concluiu: "O futuro da Associação deve ser decidido por quem vive o futebol diariamente: dirigentes, atletas, treinadores e adeptos. Não aceitaremos que o destino do futebol distrital seja decidido em gabinetes políticos. Estamos mobilizados para assegurar eleições livres, justas e transparentes, onde prevaleça a vontade soberana dos clubes".