Não é por o próximo adversário ser quem é que o Paços de Ferreira quer vencer o primeiro jogo em casa, após três empates. Mas que ganhar ao Benfica seria um suplemento de alma para a equipa da Mata Real, lá isso era.
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"Sabemos que vamos jogar com o melhor Benfica dos últimos anos, mas nós estamos tranquilos, temos as nossas armas e temos de fazer tudo para ganhar o jogo", afirma o "capitão" Pedrinha.
Este médio, que vai na nona época ao serviço do Paços, é um dos dois sobreviventes daquela equipa de 2005/2006 que venceu o emblema da Luz pela última vez, por 3-1, num desafio que valeu aos "castores" a permanência na primeira liga. Desses tempos só sobra, além de Pedrinha, outro médio, Paulo Sousa, que, contudo, não jogará depois de amanhã, por estar a recuperar de lesão. O mesmo sucede com o defesa Kelly e com o médio Filipe Anunciação (este até costuma jogar a defesa direito), que também estão em convalescença.
Seja como for, seja com que onze for, Pedrinha só vê uma receita para poder contrariar a equipa de Jorge Jesus. "Temos de estar tranquilos e, sobretudo, muito atentos, porque este é, claramente, o Benfica mais forte dos últimos anos, com excelentes jogadores e com um espírito de grupo como não se via havia muito. É uma equipa forte, sobretudo no sector ofensivo, o que nos obrigará a estar muito atentos, porque qualquer falha pode ser fatal", verifica o médio construtor do jogo atacante do Paços.
E se ainda não ganhou em casa, também é verdade que o Paços ainda não perdeu. "Acontece. É só coincidência. Todas as épocas, há uma série de resultados semelhantes. Não é nada que influa o rendimento da equipa. Mas, é claro, queremos sempre ganhar, seja com quem for", diz o "capitão" do Paços, que nem atribuiu particular importância à susposta vantagem dos "castores" num relvado alegadamente mais pequeno como o da Mata Real. "O nosso relvado tem as medidas de todos os outros. Não é por aí que se ganha ou perde", observa Pedrinha.
Curtas são mesmo as bancadas. Mais houvesse, mais bilhetes se vendiam. Assim, sobram cem bilhetes de 40 euros para se esgotarem os 5800 lugares disponíveis na Mata Real.