O Benfica continua a somar vitórias na pré-temporada e, ontem, bateu o Feyenoord (4-1), na abertura do Torneio do Guadiana. A uma semana da Supertaça, Jesus voltou a apostar em Roberto para a baliza, mas a figura da noite foi Cardozo, que até começou no banco.
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Desconcentração inicial. Rúben Amorim pareceu desatento quando, logo aos três minutos, atrasou a bola para um local que costuma ser fatal. Apesar de ter ficado em vantagem, o Feyenoord nunca teve andamento para acompanhar o Benfica e foi com naturalidade que, na segunda parte, a equipa lisboeta materializou em golos a sua evidente superioridade técnica.
Cardozo. O avançado paraguaio entrou ao intervalo e, em menos de meia-hora, mostrou eficácia, com dois golos plenos de oportunidade, decisivos para a reviravolta no resultado. Apesar de ter ficado a perder muito cedo, o Benfica foi sempre superior ao Feyenoord, construindo constantes lances de perigo. Os golos foram uma questão de tempo...
Já passou a fase da pré-época em que o brasileiro Kardec parecia estar a ganhar pontos a Cardozo na corrida por um lugar no ataque do Benfica. Pelo que se viu ontem, e a exemplo do que já tinha acontecido nos jogos com o Mónaco e o Sunderland, o avançado paraguaio mantém intacta a eficácia da temporada passada, tendo saltado do banco ao intervalo para marcar dois golos que ajudaram a equipa da Luz a dar a volta ao marcador.
A partida de ontem até começou mal para as águias, que entraram praticamente a perder, sofrendo um golo logo aos três minutos. Desta vez, a culpa não foi do guarda-redes Roberto, que voltou à titularidade, mas de um passe desastrado de Rúben Amorim para um sítio proibido, onde Smolov apareceu a dar vantagem ao Feyenoord, perante a impotência do "portero" espanhol.
O Benfica reagiu, mas a trave impediu que David Luiz empatasse, num remate improvável do central. O segundo tempo trouxe os golos de Cardozo, o primeiro na sequência de nova assistência de Fábio Coentrão, que parece ter faro para encontrar o paraguaio na área, e o segundo após um bom passe de Ramires, também ele entrado ao intervalo. Estava consumada a reviravolta, mas o Benfica teve tempo para construir mais uma vitória gorda, consumada nos minutos finais, com golos de Felipe Menezes e de Rúben Amorim. Antes, já Roberto tinha brilhado, com uma grande defesa em que desviou a bola para a trave.
Benfica 4
Feyenoord 1
Local: Estádio Municipal de Vila Real de S. António
Arbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
Benfica: Roberto; Rúben Amorim, Sidnei, David Luiz, Fábio Coentrão; Javi Garcia, Carlos Martins, César Peixoto, Aimar; Saviola, Kardec. Treinador: Jorge Jesus. Jogaram ainda: Airton, Ramires, Jara, Cardozo, Felipe Menezes, Luisão, Luís Filipe.
Feyenoord: Mulder; De Vrij, André Bahia, De Cler, El Ahmadi; Vlaar, Leroy Fer, Bruins, Wijnaldum; Biseswar, Smolov. Treinador: Mario Breen. Jogaram ainda: Dani Fernández.
Ao intervalo: 0-1
Golos: Smolov (3), Cardozo (50 e 72), Felipe Menezes (75), Rúben Amorim (84).