O ex-selecionador português Carlos Queiroz disse em entrevista ao "Mais futebol" que foi uma das vítimas do descalabro do grupo Espírito Santo.
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O treinador, diz, foi avisado sobre "relevantes riscos na aplicação de dinheiro na Rioforte". "Garantiram-me que não tomavam mais nenhuma decisão de fazer aplicações se não for eu, Carlos Queiroz, a tomar essa iniciativam", explicou.
Dias depois, um diretor comercial do ES Bankers, no Dubai, "Debaixo de uma pressão enorme de Lisboa", garante, "tirou uma fortuna, tirou mais de metade da minha vida de trabalho, e mandou para os senhores da Rioforte".
"Eles entraram, roubaram o dinheiro e trouxeram-no para o Rioforte, para capitalizar a empresa", assevera. Queiroz critica ainda a decisão de dividir o BES o banco bom e o banco mau que, diz, foi "fácil para quem está em determinadas cadeiras".
"Foram mais de quinze anos da minha reforma que desapareceram de um dia para o outro", lamenta Carlos Queiroz,que diz não ter a expetativa de de alguma vez reaver o dinheiro. "É preciso é ter saúde e recomeçar a vida de novo. Infelizmente fui uma das vítimas: um autêntico roubo, um escândalo, uma vergonha", diz.