O treinador Carlos Queiroz, ex-selecionador português a orientar atualmente a equipa do Irão, falou sobre vários aspetos do empate frente a Portugal e revelou o que disse ao ouvido de João Moutinho, quando o médio entrou em campo.
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No final do encontro de sábado, cujo empate (1-1) levou Portugal rumo aos oitavos de final, João Moutinho foi questionado sobre o teor da mensagem de Carlos Queiroz. "Não ouvi", disse e repetiu.
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"É muito simples, disse o seguinte: 'João ajuda-me a acalmar aquela malta lá dentro. Os meus jogadores não têm muita experiência, ajuda todos a terem calma'", esclareceu Queiroz, em entrevista ao "Público" publicada esta quarta-feira.
Sobre o aparente desentendimento com Fernando Santos, no final da partida, que terminou com um abraço, Queiroz explicou que "teve a ver com o lance do penálti contra o Irão".
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"Eu quis ver o lance na televisão e o árbitro ameaçou-me com a expulsão. Nesse momento deu-me um calor enorme e só me apeteceu ir embora. Saí para ir ver o que se tinha passado a uma câmara da FIFA no túnel de acesso ao relvado. Chamaram-me arruaceiro, mas estava apenas a defender os interesses da minha equipa. Se fosse ao contrário os portugueses teriam feito o mesmo", começou por explicar.
"Fui abraçá-lo (a Fernando Santos) e dar-lhe os parabéns e ele manifestou que estava sentido. Expliquei-lhe que não teve nada a ver com ele e como amigos de sempre trocámos palavras de carinho a amizade um com o outro. Ele não tinha reparado no que tinha acontecido e tomou aquilo como uma questão pessoal, o que eu compreendo. É um incidente que entre amigos não tem nenhum significado nem nenhuma importância", descansou.
Questionado sobre as declarações de Ricardo Quaresma, Carlos Queiroz respondeu na mesma moeda: "O Quaresma ainda vai ter de jogar pela minha seleção e não vou tecer muitos comentários. Mas se todos os treinadores que ele teve falassem dele, ficariam alguns anos a falar. Todos, desde o Sporting ao F. C. Porto."