O piloto português Carlos Sousa, que foi desclassificado do rali todo-o-terreno Dakar, depois de ter falhado vários pontos de passagem na segunda etapa, classificou esta terça-feira o seu afastamento de "demasiado radical".
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Durante a etapa de segunda-feira, Carlos Sousa, que tinha vencido a especial de abertura, falhou 10 "way points" (pontos de passagem obrigatória), ao ter optado por encontrar um caminho alternativo, pois nem com ajuda do camião de apoio da equipa Great Wall conseguia ultrapassar as dunas.
"Acho que é uma decisão demasiado radical e que contraria aquilo que é o espírito do Dakar. Se abandonámos a pista foi porque esgotámos todas as alternativas para chegar ao fim da especial pelos nossos próprios meios. Aceitaria toda e qualquer penalização, mas gostaria de ter continuado em prova. É um desfecho inglório após tantas e tantas horas de esforço", explicou o piloto, num comunicado à imprensa.
Em 15 participações na prova, esta é a segunda vez que Carlos Sousa é forçado a abandonar, sendo que a primeira foi no Dakar de 2000, numa edição em que também venceu a etapa inaugural.
"Saio daqui triste, muito triste mesmo. Em apenas 48 horas, fomos do céu ao inferno! Estava muito confiante que poderíamos lutar por um bom resultado este ano. O carro melhorou bastante e acho que poderíamos manter o andamento que evidenciámos logo na primeira etapa", desabafou Carlos Sousa.
Em prova continuam os portugueses Francisco Pita, na classe dos automóveis, Rúben Faria, Paulo Gonçalves, campeão do Mundo em título, Hélder Rodrigues, Mário Patrão, Bianchi Prata, Pedro Oliveira e Vítor Oliveira, em motos.