Carvalhal e reencontro com Bruma: "Não nos preocupa um jogador, mas sim o coletivo do Benfica"

"A nossa equipa tem de continuar a fazer o que tem feito. Tem, fundamentalmente, acreditar que é possível passar, esse é o primeiro ponto. Em segundo, manter a humildade e os pés nos chão que nos tem permitido um percurso excelente, principalmente em 2025. Na mesma proporção ter astúcia, personalidade, muita ambição. Temos de ter um bocadinho de tudo isto. Estar dentro do campo como uma família, sabemos que vamos ter momentos de dificuldade dentro do campo, mas temos de fazer golos para passar", começou por analisar Carlos Carvalhal o embate contra o Benfica, falando sobre as declarações de António Salvador, líder dos arsenalistas, na ambição de chegar ao Jamor.

"O Braga tem de se assumir a vencer o próximo jogo. Neste momento o nosso foco está direcionado na Taça. O facto do Braga se assumir ou não como um candidato a vencer a Taça. acho perfeitamente normal, num clube ambicioso em vencer todas as competições em que participa", referiu, afirmando, de forma caricata, que o grupo está unido.  

"O balneário deve estar um pouco vaporizado porque estão a tomar banho [risos]. Eu consigo olhar para o meu grupo e perceber que estão todos com os pés assentos no chão. Numa senda positiva a equipa sorri mais, mas em questão de trabalho o comportamento tem sido exemplar", atirou Carlos Carvalhal, esclarecendo que Vítor Carvalho e Salazar já trabalham e campo e que Navarro, tal como Racic, "está a cem por cento". 

Quando questionado, o timoneiro dos braguistas comentou o momento de forma dos encarnados, da profundidade do plantel e deixou elogios ao técnico adversário.

"O Bruno Lage, na minha opinião, está a fazer um excelente trabalho, e tem apresentado variações de um jogo para o outro. Nem todos os plantéis têm essa capacidade. Os jogadores, obviamente, não estão a 100% quando andam a jogar de quatro em quatro dias. As duas equipas parecem-me estar num bom momento. Neste jogo vai sair um vencedor e um vencido. Temos de estar unidos como uma família e ter a irreverência suficiente para passar à próxima fase", sustentou, assumindo que não é apologista de trocar o guarda-redes. 

Por fim, Carlos Carvalhal, após desafiado, mencionou a ambição pessoal na prova e olhou para o reencontro com Bruma: "Qualquer jogo do Braga para mim é especial. Quando têm maior dimensão, mais especiais são. Se gostava de vencer a Taça? Claro que sim, mas para isso é preciso primeiro destronar um adversário difícil como o Benfica a jogar em casa. O Bruma é muito perigoso, está a fazer a melhor época de sempre. Sinceramente, não nos preocupa um jogador, mas sim o coletivo do Benfica. Só uma equipa coletivamente forte consegue vencer o Benfica no Estádio da Luz. Não é uma situação muito fácil", concluiu.