“Ao fim de 17 anos a servir a causa F. C. Porto vimos informar que hoje dia 30 de Junho de 2024 encerramos a delegação nr. 133 do FC Porto em Alfena”, anunciaram os responsáveis, através de um comunicado partilhado nas redes sociais. Como motivo, apontam, “as exigências colocadas” pela nova direção do clube.
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Numa altura em que escreve “uma nova era" sob a presidência de André Villas-Boas, o F. C. Porto vê a sua delegação n.° 133 fechar portas, a partir deste domingo, “ao fim de 17 anos a servir a causa F. C. Porto”.
“Ao longo destes anos sempre defendemos e procuramos prestigiar o clube dos nossos corações, mas infelizmente com a eleição da nova direção e as exigências colocadas por esta (novo espaço de mais +/- 100m2, decoração uniformizada para todas as casas FC Porto feita por nossa conta, proibição de venda artigos na nova loja, e venda exclusiva de bilhetes online aos nossos sócios, não achamos possível que a casa seja sustentável”, partilharam os responsáveis no Facebook.
A nota acrescenta que “este projeto esvazia o funcionamento das delegações, pois limita o seu trabalho só à recolha do valor das quotas e ações de solidariedade, sendo a casa apenas um local de convívio”.
“Um bem haja a todos que ao longo dos 17 anos de existência, sem qualquer interesse e dispondo do seu tempo em prejuízo da sua vida pessoal, contribuíram de uma forma exemplar para o engrandecimento do nosso F. C. Porto através da Casa de Alfena”, conclui a publicação.
Na caixa de comentários é explicado que os associados “com o mês 7 ou mais meses pagos, podem passar no salão Plaza” ou entrar em contacto com os responsáveis para “a devolução dos valores em causa”.
Ainda candidato, Villas-Boas sublinhou que “as Casas do F. C. Porto não podem servir só para pagar as quotas”. “Falta-nos aquele sentimento de associativismo, que saudades e nostalgia trazem os tempos de viagens às Antas. O futebol moderno evoluiu para uma área mais comercial, mais industrial. Não pode acontecer isso em clubes de associados, este sentido de presença tem de voltar. Temos uma série de iniciativas”, adiantou, na altura.
O seu manifesto eleitoral acrescentou que os “caminhos para a excelência” pretendem “vincar a cultura de clube”, dar “voz aos sócios”, responder “às exigências do mercado” e tornar o F. C. Porto “motor da defesa do associativismo”, valorizando “os sócios”, “os atletas”, “as Casas” e “os Grupos Organizados de Adeptos”.