Ainda não há condenações definitivas, na justiça civil ou na desportiva, pelos insultos contra Marega.
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Há um ano, a 16 de fevereiro de 2020, o maliano Moussa Marega abandonou o relvado do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, após insultos racistas no jogo que o F.C. Porto venceu por 2-1. Embora tenha espoletado uma acesa discussão sobre o racismo no desporto em todo o Mundo, e mesmo com processos em várias instâncias, ainda não há culpados.
O processo principal decorre no Tribunal de Guimarães a cargo uma "task force" que até hoje apenas conseguiu identificar três adeptos, todos da bancada afeta aos "White Angels", a claque do Vitória. Nenhum adepto da bancada nascente inferior, onde tudo começou, foi identificado. A principal dificuldade das autoridades prende-se com a fraca qualidade das imagens do estádio na nascente.
Quanto aos três adeptos da bancada da claque, poderão vir a ser julgados pelo crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, mas em primeiro interrogatório negaram a prática de tal crime.
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, por sua vez, instaurou um processo ao Vitória, que está suspenso, e arquivou outro relativo às declarações de Moussa Marega no Instagram.
Em outubro, a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto também aplicou uma multa de 55 mil euros e três jogos à porta fechada ao Vitória, mas o clube recorreu e ainda não há decisão. A mesma autoridade multou ainda um adepto por esconder o rosto com um capuz no mesmo jogo, mas a decisão acabou revertida pelo Tribunal da Relação de Guimarães.
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Fábio Martins denuncia ato de racismo na Arábia
Em alta ao serviço do Al-Shabab, Fábio Martins também esteve, na segunda-feira, em foco nas redes sociais, ao denunciar um caso de racismo no jogo da liga saudita com o Al-Nasr, que envolveu um colega de equipa. "Atos de racismo não pode ser normalizados, nem no futebol, nem na vida. Muito menos quando vêm de um elemento do staff da equipa adversária, que, por acaso, também já foi jogador", escreveu o atacante português, sem revelar nomes.