Adeptos estão descontentes e prometem silêncio como protesto.
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O tempo frio e chuvoso da Escócia "pede" o conforto do lar, mas a adrenalina a poucas horas do jogo com o Braga não deixa. No Celtic Park, um estádio mítico e imperial, carregado de história e cuja arquitetura mete respeito, o burburinho à volta de mais um desafio europeu, hoje contra o Braga, sente-se. Há preparativos, correrias e um acolhimento de quem sabe receber e cresceu a apoiar um clube cujos valores, entre muitos outros, passa pela entreajuda e dar a mão ao outro.
O Celtic, fundado em 1887 em Glasgow, por um padre, é um dos clubes mais emblemáticos da Escócia e do mundo, criado não para vencer, mas com o objetivo principal de apoiar a comunidade irlandesa católica que vivia na cidade e que passava por dificuldades. O impacto social e desportivo é inegável, assim como as faixas verde e brancas se tornaram inconfundíveis. E a atmosfera do estádio é conhecida por dar arrepios até para quem não é adepto do clube. Entre coreografias, apoios e cânticos vibrantes, a relação emocional entre os clubes e os adeptos é uma das características mais fortes na identidade. Para o bem e para o mal. Os adeptos, comprova-se nas ruas escocesas, exibem orgulhosamente as camisolas e não escondem a paixão. E muito menos a cara quando as coisas não correm como, na sua ótica, devia correr.