O treinador português do Paradou, Francisco Chaló, deveria visitar hoje o Belouizdad, líder do campeonato. No entanto, a federação argelina de futebol anunciou a suspensão da competição devido à pandemia de Covid-19.
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Contactado pelo nosso jornal, na manhã desta segunda-feira, o treinador, de 56 anos, mostrou-se "aliviado" por esta decisão, pois considera que o país tem "comportamento sociais de risco elevado". Chaló, de resto, há muito que estava em estado de alerta para o problema da propagação do coronavírus, mas logo notou que naquele país africano era caso de exceção.
"Por cá, há quatro ou cinco dias ainda brincavam com o coronavírus. Eu já deixei há muito tempo de cumprimentar as pessoas com beijos, que é muito comum no país, ou com apertos de mão. Percebi que esse meu ato de prevenção não era bem aceite. Respondiam-me com alguma ironia. Ontem, depois de percebermos que o campeonato ia parar, quando estávamos em estágio, os jogadores finalmente entenderam que tínhamos razão", afirmou Francisco Chaló, ao JN.
O treinador tem mais dois portugueses na equipa técnica, André Mota e Miguel França. Os três vivem na mesma casa. No que toca a números oficiais, a Argélia conta 48 infetados com o coronavírus, sendo que 32 casos continuam ativos, registando-se, porém, 12 recuperações e quatro mortos.