Esta será a última Liga dos Campeões no atual formato. A prova arranca esta terça-feira e coloca o futuro do futebol português nas mãos de Benfica, F. C. Porto e Braga. O que vai mudar na próxima edição da prova? Para já, espera-se que as receitas vão crescer. Mas não só.
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Embora tenha ficado na gaveta, a Superliga Europeia que muitos dos clubes mais poderosos tanto queriam causou ondas de choque. Na UEFA, principalmente, que contestou a ideia e as intenções desses ricaços, mas logo se pôs a mexer no sentido de ver o que se podia aproveitar para não os deixar tão desconsolados. E o que nasceu foi outra reformulação da Liga dos Campeões, a funcionar a partir de 2024/25, e a condenação do atual formato, inalterado desde 2003, à extinção. Nesta última aparição, três das 32 equipas serão portuguesas, com Benfica, F. C. Porto e Braga a jogarem também pelo futebol português, cujo futuro não é famoso.
Desde que é viva, a Liga dos Campeões já passou por várias renovações, do nome até ao formato. Deixou de ser só para os campeões, viu o número de jogos subir, assim como os países participantes e o dinheiro que envolve, sejam prémios ou receitas. A mais recente evolução insiste em aumentos, de equipas, de jogos e, claro, de milhões - a UEFA acredita que as receitas possam crescer cerca de 33% -, ignorando-se queixas de treinadores e jogadores sobre o calendário já sufocante. A partir da próxima temporada, quem disputar a Champions, terá, no mínimo, mais dois jogos, sendo essa uma das principais mudanças no formato da competição. Das outras alterações mais significativas, uma diz respeito ao aumento do número de participantes (36), sendo que das quatro vagas acrescentadas uma será para a quinta melhor liga (a francesa) e duas para os países que mais pontos somarem nesta edição: ou seja, dificilmente os grandes beneficiados não serão os do costume.