Chefe da missão portuguesa confiante num "momento de inspiração" que resulte em medalha
O chefe da Missão portuguesa, Mário Santos, disse este domingo ainda ter esperança num "momento de inspiração" de um atleta nacional que resulte numa medalha durante os Jogos Olímpicos Londres2012 e elegeu Clarisse Cruz como um exemplo.
Corpo do artigo
"Acredito que isso é possível porque ainda vamos ter muitos atletas a entrar em competição, e alguns deles já em competição, que têm demonstrado que têm valor e têm nível para isso", afirmou numa conferência de imprensa sobre o balanço da primeira semana de provas.
Mário Santos não esconde que, a esta altura, "contava ter alguma medalha" mas que nenhuma era garantida.
"Obviamente que, no caso objetivo da Telma Monteiro, uma atleta que tinha o 'ranking' que ela tinha, tínhamos essa esperança", reconheceu.
Ainda assim, manifestou confiança que tal é possível, referindo as prestações de alguns atletas que estiveram perto disso, como o atirador João Costa, a equipa de ténis de mesa (João Monteiro, Tiago Apolónia e Marcos Freitas) e os remadores Pedro Fraga e Nuno Mendes.
"É preciso um momento de inspiração, eu não lhe chamo sorte", enfatizou, vincando que perder a esperança "é o primeiro passo para não conseguirmos lá chegar".
Também em jeito de balanço dos primeiros sete dias destes Jogos Olímpicos, elegeu Clarisse Cruz, cuja queda na prova dos 3.000 metros obstáculos no sábado não impediu que se levantasse e completasse a prova em menos 10 segundos que o recorde pessoal anterior, além de garantir a passagem à final.
Tudo isto, saudou Mário Santos, "numa atitude e numa forma de estar em competição nuns Jogos Olímpicos que a todos orgulha e faz crer que é possível", rejeitando "baixar os braços".
Sem fugir ao episódio negativo que "ensombrou" esta delegação, mencionou que "a maior deceção até este momento" foi a forma como tiveram de lidar com a velejadora de RS:X.
Carolina Borges declarou-se inapta para competir no próprio dia em que deveria começar a competir por email alegando "razões médicas e pessoais", mais tarde invocando estar grávida e falta de apoios.
Porém, a Missão decidiu cancelar a acreditação e iniciar um processo de averiguações, o qual o chefe da Missão revelou pretender encerrar após mais uma visita ao local onde se desenrolam as provas, em Weymouth, no sul de Inglaterra.
O próximo passo será o envio das conclusões para o Comité Olímpico de Portugal e para a Federação Portuguesa de Vela "a fim de darem o respetivo procedimento disciplinar, ou não".
"Quanto aos factos, já tenho dados suficientes para encerrar esse tema, apenas aguardo uma última reunião com o chefe da equipa de vela", concluiu.