Filho repete façanha do pai, que, em 2000, também marcou num Campeonato da Europa. A proeza não é inédita, mas apenas tem mais um exemplar: os Chiesa.
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Desde terça-feira, há duas famílias que se podem gabar de terem um pai e um filho a marcar golos num Campeonato da Europa de futebol. Algo que, até ontem, estava apenas reservado à família Chiesa (Enrico marcou em 1996, Federico em 2020), também diz agora respeito aos Conceição, que, curiosamente, também marcaram na grande competição de seleções do futebol europeu com 24 anos de diferença.
No Euro2000, Sérgio Conceição, num 20 de junho memorável para o agora treinador, assinou um hat-trick, brilhando na vitória de Portugal sobre a Alemanha (3-0). Quase 24 anos exatos depois, a 18 de junho de 2024, Francisco, o filho, fez o golo que permitiu à seleção portuguesa derrotar a Chéquia (2-1), na terceira internacionalização, embora apenas a primeira em jogos oficiais. Aos 21 anos, Chico Conceição passou ainda a ser o terceiro mais jovem a marcar um golo por Portugal na fase final de um Europeu, sendo apenas superado por Renato Sanches (18 anos) e Cristiano Ronaldo (19).
Aquele que é, até agora, um dos pontos mais altos da curta carreira de Francisco Conceição foi visto pelo pai Sérgio "in loco", já que o mais velho da família esteve na Red Bull Arena a assitir ao jogo.
O golo à Chéquia, poucos segundos depois de ter sido lançado por Roberto Martínez, confirma a ascenção meteórica de Francisco Conceição ao longo da temporada, depois de uma época pouco feliz ao serviço do Ajax. O extremo realizou ontem o jogo 49 em 2023/24, tendo marcado, para já, 12 golos e feito 10 assistências.
Apesar dos bons registos, a presença no Euro24 esteve em risco até à parte final da época, altura em que foi chamado pela primeira vez pelo treinador espanhol, que já lhe rendeu uma alcunha que dificilmente será esquecida: espalha-brasas. A 26 de março de 2024, Francisco Conceição estreou-se com as quinas ao peito num particular com a Eslovénia (derrota por 2-0), o último antes de Martínez revelar os eleitos para a fase final do Campeonato da Europa, mas suficiente para convencer o selecionador.
A segunda internacionalização surgiu já num jogo de preparação para o Euro24, a 6 de junho, no triunfo sobre a Finlândia (4-2), no qual o extremo fez duas assistências. Faltava o primeiro golo e esse dificilmente podia ter surgido em melhor altura, valendo a estreia vitoriosa de Portugal no Grupo F.