Clube de Oliveira de Azeméis está de volta à Liga 2, uma época depois. União e bom futebol estão na base do sucesso.
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Após ter vencido o Braga B no primeiro jogo da história da Liga 3, Fábio Pereira confidenciou aos seus jogadores que "esperava que, nove meses depois, a última palestra fosse para festejar a subida". O ciclo fechou-se em Leiria, onde a Oliveirense carimbou o regresso à Liga 2 com um triunfo por 2-0. "Foi uma exibição muito boa, a todos os níveis, e um resultado merecido da melhor equipa em campo e, na minha opinião, do campeonato", atira o treinador.
Tudo está bem quando acaba bem, mas o preâmbulo desta história foi, sobretudo, um exercício de superação. A despromoção à Liga 3, há sensivelmente um ano, invadiu Oliveira de Azeméis de um sentimento de tristeza, que o clube soube contrariar às custas de uma estratégia "positiva, de aglutinar e não separar".
A qualidade da equipa, reformulada para atacar um novo e competitivo campeonato, fez o resto. "As pessoas ficaram entusiasmadas com o futebol praticado. A onda de apoio foi crescendo", assinala o técnico.
Em janeiro, chegaram reforços que se revelaram importantes na fase das decisões, como João Faria, Vítor Pisco ou Lessinho. "Foi muito por necessidade, devido a lesões, mas também porque sentimos que era importante acrescentar qualidade e maturidade ao grupo", justifica Fábio Pereira, que conseguiu montar uma equipa à sua imagem, de olhos postos na baliza. "A ideia agradou bastante aos jogadores e eles também treinam satisfeitos pelo futebol que estão a praticar", diz o treinador.
Quando essa felicidade contagia os demais em seu redor, os finais costumam ser inspiradores. Em ano de centenário do clube, eles tornam-se épicos.
Os segredos da subida
Virar a página
Despromovida da Liga 2, a Oliveirense contratou um novo treinador, Fábio Pereira, e construiu um plantel praticamente novo. Só sete atletas transitaram da época anterior, aos quais se juntou Michel, em janeiro.
Taça deu confiança
A derrota, nos penáltis, frente ao primodivisionário Portimonense na terceira ronda da Taça de Portugal mostrou aos jogadores que se podiam bater com qualquer adversário sem abdicarem dos princípios de jogo. No final, os adeptos aplaudiram-nos de pé.
Máquina de golos
Desde a primeira jornada, em que venceu o Braga B por 3-2, que a Oliveirense se destacou por uma ideia de jogo ofensiva. A uma ronda do fim, é o melhor ataque da Liga 3, com 49 golos.
Retoques em janeiro
A Oliveirense foi dos clubes mais ativos em janeiro. Recuperou Michel à Académica e contratou João Faria, Bruno Sousa, Vítor Pisco e Lessinho. O objetivo foi colmatar as ausências devido a lesão e dar maior maturidade à equipa para a fase das decisões.