Medida foi aprovada pela autarquia local espanhola e tem forte impacto, porque a cidade de Toledo foi designada como Cidade Europeia do Desporto.
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A câmara municipal de Toledo, em Espanha, quer acabar com aquilo que entende ser uma desigualdade no desporto feminino e pretende que os atletas transgénero sejam banidos das competições contrárias à identificação de género atribuída à nascença. A intenção pega nos exemplos de Valentina Petrillo, Lia Thomas e Veronica Ivy, que se destacaram em categorias femininas. Por isso, a autarquia de Toledo aprovou uma moção para "garantir que seja o sexo biológico a determinar em que categoria deve competir um desportista".
Esta proposta foi apresentada pelo Vox, um partido político de extrema direita, e apoiada pelo Partido Popular, do alcaide local, tendo recebido votos favoráveis de quatro membros locais do Vox, nove do PP, com a oposição do PSOE e do IU-Podemos, estes dois de esquerda. A ideia passa por proibir os desportistas transgéneros de competir em Toledo, em provas diferentes do sexo de nascença.
Juan Marín, autarca e porta voz do Vox, adiantou que esta medida procura a igualdade no desporto: "Por muito que um homem de nascimento diga que se sente mulher, nem do ponto de vista biológico ou psicológico essa afirmação pode ser assegurada de forma voluntária como verdadeira. Causa até um efeito contrário, a desigualdade".
Este veto tem enorme peso, porque Toledo foi designada este ano como a Cidade Europeia do Desporto e terá um calendário muito preenchido e cheia de competições.