Terça-feira, 15.30 horas, zona do Confurco, classificativa de Fafe. As máquinas só por ali passarão ao início da manhã de domingo para as últimas aceleradelas da competição, mas já há muita gente a marcar lugar para ter a melhor vista possível num dos locais icónicos do Rali de Portugal e de todo o Mundial WRC.
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Ao longo das vertentes dos montes já se veem as marcações, mais ou menos definidas, e gente que tenta o melhor lugar. De enxada e foice em punho, duas jovens amigas do concelho vizinho de Cabeceiras de Basto "trabalhavam" o terreno. "Temos que marcar os melhores lugares porque caso contrário no domingo não temos. É um bom local para instalar a tenda e estamos a nivelá--lo", disse, ao JN, Sara Gonçalves, de 18 anos. A proximidade das emoções do rali a casa fazem destas amigas duas fãs da prova, mas este ano será diferente porque vão "acampar" para que o convívio seja diferente.
"É bom que não nos tirem o lugar. Estamos a ter muito trabalho a limpar", atirou, cometendo depois uma inconfidência familiar. "É a primeira vez que pego numa foice. Se o meu pai visse isso punha-me a limpar o quintal", o que, admite, não se faz por gosto.
Catarina Oliveira, 19 anos, vai ajeitando o terreno enquanto explica: "Este lugar tem uma vista bonita e a intenção é ver tudo ao pormenor". Vai ao rali mais pelo convívio e, por isso, este trabalho antecipado. "Vamos pôr fitas à volta e vamos colocar uma placa a marcar".
Até sábado ao fim do dia irão replicar-se exemplos como o destas amigas cabeceirenses. O troço da Lameirinha, entre o Confurco e o famoso salto da Pedra Sentada transformam-se num verdadeiro santuário mundial para os amantes do automobilismo. São esperadas 120 mil pessoas, só no domingo.