A cumprir a sexta temporada no comando técnico do F. C. Porto, Sérgio Conceição já passou por vários episódios marcantes ao serviço do clube azul e branco. O JN escolheu cinco desses momentos para ilustrar o percurso de 300 jogos como treinador dos dragões.
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Conquista da Taça de Portugal, no Jamor (2021/22): Embora já tenha vencido uma Taça ao serviço do F. C. Porto, em 2019/20, o facto de se ter disputado o troféu em Coimbra deixou um sabor agridoce na boca do técnico portista. Triunfar no Jamor era um desejo antigo de Sérgio Conceição, daí a importância da vitória contra o Tondela (3-1), a 22 de maio de 2022, que deixou o treinador com um sorriso de orelha a orelha, quando subiu os degraus do Jamor. "Hoje fiz quase 20 quilómetros, mas não me custou subir. No final já senti um bocadinho. Mas depois desta felicidade toda podiam ser mais 300 degraus que íamos subir com o maior prazer. No fim do jogo estava a olhar para a família, ver onde estavam. Mais uma vez queria dedicar-lhes esta conquista", disse Sérgio Conceição, após a conquista. No caminho para o título, o F. C. Porto eliminou Sintrense, Feirense, Benfica, Vizela, Sporting e Tondela.
Golo de Zaidu confirma título, na Luz (2021/22): Numa época marcada pela acesa luta pelo título com o Sporting, que ia atrasando a festa portista, o herói no jogo da consagração foi mesmo Zaidu, muitas vezes considerado o patinho feio do F. C. Porto. Embora um empate bastasse ao F. C. Porto para se sagrar campeão nacional na Luz, o defesa esquerdo partiu numa corrida desenfreada até à área benfiquista, para finalizar, em grande estilo, uma boa jogada desenhada pelos dragões. Este golo teve um sabor especial, uma vez que aconteceu já no período de descontos e selou a conquista matemática do troféu pelos dragões, na casa do eterno rival. Embora Sérgio Conceição tenha afastado comparações com a conquista de 2011, não querendo sequer ouvir falar em luzes apagadas, venceu o terceiro título pelo F. C. Porto, com direito a um recorde de 91 pontos somados na Liga.
Brilhante noite europeia, em Turim (2020/21): Quando todos os astros estão alinhados é difícil desafiar o destino. O trajeto na Liga não estava a ser o mais brilhante, mas a equipa de Sérgio Conceição tratou de puxar dos galões na Liga dos Campeões, competição na qual eliminou a poderosa Juventus, de Cristiano Ronaldo. Após uma fantástica vitória na primeira mão, no Dragão (2-1), todas as decisões ficaram guardadas para Turim, onde os dragões fizeram uma exibição daquelas que perdura na memória. O F. C. Porto realizou uma grande primeira parte e Sérgio Oliveira deixou a equipa na frente, de penálti, Chiesa respondeu com dois golos e a expulsão de Taremi parecia condenar os azuis e brancos. A equipa de Sérgio Conceição conseguiu aguentar o caudal ofensivo italiano e um grande golo de Sérgio Oliveira no prolongamento, lançou os dragões para os quartos de final da Champions, que aguentaram a pressão da Juventus até final. Rabiot ainda marcou, mas a festa foi azul e branca devido à regra dos golos marcados fora de casa.
Supertaça conquistada frente ao Benfica (2020/21): Em plena pandemia, os dragões deram uma fantástica prenda de Natal aos adeptos e ao treinador Sérgio Conceição: venceram a Supertaça, contra o rival Benfica. O encontro em si não foi brilhante, mas num ano bastante atípico pela grave crise pandémica, serviu como uma luz ao fundo do túnel para fechar o ano em grande. Os golos foram marcados por Sérgio Oliveira e Luis Díaz e valeram ao F. C. Porto a 22.ª Supertaça, sendo que 11 delas foram contra o Benfica. No entanto, este triunfo tem um sabor especial pois a última conquista desta competição, contra as águias, tinha acontecido em 2010 e foi a segunda de três vezes que Sérgio Conceição venceu a prova.
Redenção de Herrera deixou a Luz com as mãos na cabeça e dá o primeiro título a Conceição (2017/18): O mexicano do F. C. Porto tinha ficado ligado a um momento negativo no clássico da época anterior, mas conseguiu a redenção com um golo de belo efeito, aos 90 minutos, que permitiu aos dragões passar para a liderança do campeonato, quando faltavam apenas quatro jornadas para o fim. Depois da resposta de campeão, na Luz, o F. C. Porto fez a festa do título à 32.ª jornada, na Madeira, beneficiando da derrota do Benfica, frente ao Tondela para festejar. O golo do mal-amado Marega foi decisivo nessa partida que, além de ter dado aos azuis e brancos o desejado troféu de campeão nacional teve um efeito histórico. Impediu o pentacampeonato do Benfica e manteve o F. C. Porto como a única equipa, em Portugal, capaz desse feito, valendo também o primeiro título da era Sérgio Conceição, como treinador dos dragões.