Clube vive o melhor ano ao nível de alunos. Vencer e formar são indissociáveis.
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À entrada da Quinta do Engenho Novo, em Paços de Brandão, o cenário é arrebatador. Uma porta alta abobadada abre caminho a um passeio de perder de vista, ladeado de belos e bem tratados jardins. Ao fundo, os rumores de bolas batidas entre raquetes conduzem-nos até um espaço aprazível, com cinco campos, três dos quais cobertos, e a uma área social com restaurante, bar e uma sala para os cerca de 200 sócios do Clube de Ténis de Paços de Brandão, que faz daquela a sua casa.
Numa terra em que a prática do ténis remonta às décadas de 30 e 40 do século passado, "em casas particulares, com os campos, em zona de saibro, marcados com o serrim da madeira e o pó da cortiça", o clube não só carrega esse legado, como vem construindo uma história pontuada por "dezenas de títulos, alguns nacionais", conta o diretor técnico, Gustavo Figueiredo.
Esse percurso vencedor ajuda a explicar "o melhor ano de sempre ao nível de alunos, com um total de 160, 100 deles na formação". Os números agradam ao responsável, uma vez que alargar a base de praticantes levaria "a trabalhar não tão bem", pois "as classes teriam de ter mais alunos", com repercussões na qualidade dos treinos.
O nível das infraestruturas de que o clube dispõe, com três campos cobertos, é outro fator basilar para o seu crescimento, acrescenta o treinador, José Relvas. A cobertura, instalada em 2015, "é essencial para o número de atletas e os títulos" do clube, acredita o técnico, que não se foca apenas nos resultados quando aborda as camadas mais jovens.
"O principal objetivo é formar pessoas, mas também atletas. Juntando tudo, o melhor para todos é que eles sejam competidores saudáveis e com títulos", resume José Relvas, que vê no ténis um desporto que promove nos mais novos "muita coordenação e conhecimento para poderem ultrapassar adversidades".
A viver um momento importante na sua história, o Clube de Ténis Paços de Brandão já olha para o futuro. Renovar os balneários e alterar o piso dos cinco campos de jogo são os planos imediatos, estando igualmente pensada a construção de um pequeno ginásio. O espírito, esse, é para manter. "Quem vem de fora integra-se facilmente no clube. Fazemos algumas atividades sociais, que levam a que os alunos gostem de estar cá", salienta Gustavo Figueiredo.