Os 18 clubes que vão participar na Liga de 2025/26 já bateram o recorde de dinheiro investido em contratações num verão, apesar de a janela de transferências estar aberta por mais um mês.
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Os 263,94 milhões de euros investidos até ao momento pelos 18 clubes já fizeram deste o verão com maior gastos acumulados na história da Liga e tornam a temporada 2025/26 na terceira mais dispendiosa, incluindo o mercado de inverno, pouco atrás dos 274,92 ME de 2024/25 e dos 271,83 ME de 2023/24, sendo que a janela para inscrições só encerra em 1 de setembro.
F. C. Porto e Sporting de Braga já bateram recordes de investimento na contratação de futebolistas a um mês do fim da janela de transferências de verão, contrariando a pouca atividade do bicampeão Sporting.
Quase quatro semanas depois de o presidente azul e branco, André Villas-Boas, ter perspetivado o maior mercado de sempre dos dragões, que não conquistam o título desde 2021/22, o recém-chegado treinador italiano Francesco Farioli recebeu oito reforços, que custaram 88,6 milhões de euros (ME), num total de 105,6 ME libertados.
O dinamarquês Victor Froholdt (ex-Copenhaga, 20 ME) e o espanhol Gabri Veiga (ex-Al Ahli, 15 ME) chegaram para o meio-campo e acompanham o lateral direito Alberto Costa (ex-Juventus, 15 ME) e o extremo esquerdo Borja Sainz (ex-Norwich, 13,3 ME) entre os negócios mais caros, seguidos por dois defesas centrais, nomeadamente o polaco Jan Bednarek (ex- Southampton, 7,5 ME) e o croata Dominik Prpic (ex-Hajduk Split, 4,5 ME).
Emprestado ao F. C. Porto na última época, o também central argentino Nehuén Pérez (ex-Udinese) foi adquirido em definitivo por 13,3 ME, enquanto o avançado neerlandês Luuk de Jong (ex-PSV Eindhoven) e o guarda-redes João Costa (ex-Estrela da Amadora) não tiveram custos para os dragões, que não gastavam tanto dinheiro no verão desde os 63,25 ME despendidos em 2019/20 e tinham como recorde de vendas numa só época os 68,71 ME investidos em 2024/25, a primeira campanha completa com André Villas-Boas.
Do novo recorde do F. C. Porto, descontando valores por eventuais objetivos concretizados, constam ainda os 17 ME pagos ao Atlético de Madrid por metade do passe do ponta de lança espanhol Samu, reforço mais caro de sempre em Portugal, com um custo global de 32 ME.
O Sporting de Braga tem sido outro dos principais agitadores do mercado nacional, com 28,57 ME gastos e maioritariamente associados às vindas do avançado espanhol Pau Victor (ex-Barcelona, 12 ME) e do médio costa-marfinense Mario Dorgeles (ex-Nordsjaelland, 11 ME), nas duas movimentações mais dispendiosas da história do clube.
Gustaf Lagerbielke (ex-Celtic, 2,57 ME), Alaa Bellaarouch (ex-Estrasburgo, 300 mil euros) e Leonardo Lelo (ex-Casa Pia) são outras novidades da equipa treinada pelo espanhol Carlos Vicens, na qual se manteve Fran Navarro (ex-F. C. Porto, 2,7 ME) e juntou Gabriel Moscardo, cedido pelo tetracampeão francês e campeão europeu Paris Saint-Germain.
Se o Sporting de Braga subiu o recorde de despesa pela terceira campanha seguida, após 19,05 ME em 2023/24 e 22,13 ME em 2024/25, o Benfica libertou 78,8 ME, abaixo da fasquia de 2020/21, com máximos por temporada, de 115 ME, e por verão, de 108,5 ME. O médio colombiano Richard Ríos (ex-Palmeiras, 27 ME) e o avançado croata Franjo Ivanovic (ex-Union Saint-Gilloise, 22,8 ME) lideraram o investimento das águias, que trouxeram por empréstimo o médio argentino Enzo Barrenechea (ex-Aston Villa, três ME). Chegaram ainda ao conjunto de Bruno Lage um defesa direito, o bósnio Amar Dedic (ex-Salzburgo, 12 ME), e dois esquerdos - o sueco Samuel Dahl (ex-Roma, nove ME), com opção de compra exercida, e o espanhol Rafael Obrador (ex-Real Madrid, cinco ME).
Menos dispendioso tem sido o Sporting, no qual ingressaram o médio georgiano Giorgi Kochorashvili (ex-Levante, 5,5 ME) e o extremo brasileiro Alisson Santos (ex-Vitória, 2,1 ME), estando as aquisições do lateral direito grego Georgios Vagiannidis ao Panathinaikos e do defesa esquerdo Ricardo Mangas ao Spartak Moscovo prestes a serem oficializadas.
Rui Silva (ex-Betis, 4,7 ME), após meio ano de cedência, e João Virgínia (ex-Everton), de regresso a Alvalade, ocupam a baliza dos leões, cuja maior fatia dos 34,5 ME gastos - atrás do seu recorde de 64,45 ME em 2023/24 - recaiu em Luis Suárez (ex-Almería, 22,2 ME).