O internacional uruguaio, de 29 anos, concedeu uma entrevista à rádio 1010, do seu país, e abordou vários temas da atualidade, nomeadamente o teletrabalho, a pronta reação portuguesa à pandemia da Covid-19 e ainda do futuro no Sporting.
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"No futebol muita coisa muda e nunca sabemos o que pode acontecer no futuro. Mas neste momento estou muito cómodo no Sporting, estou há algum tempo no clube, Portugal também sempre me tratou bem, a mim e à minha família, Não penso mudar, mas nunca se sabe, o clube pode ter de vender", disse Coates, central leonino que é alvo, entre outros, da Lazio.
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O uruguaio prosseguiu, depois, com um balanço da temporada que continua por concluir e que foi interrompida devido ao novo coronavírus: "Não está a correr tão bem como em anos anteriores, ficámos fora das taças muito rapidamente e o campeonato é sempre difícil, porque Benfica e F. C. Porto lutam entre eles. A ideia é terminar a Liga, jogá-la até ao fim, mas isto é dia-a-dia, podes dar uma data para regressar, mas depende da evolução do vírus. Nós, os jogadores, vamos precisar de alguns dias para voltar a ganhar ritmo. O futebol é o menos importante, o importante é que as pessoas fiquem bem, que o país volte à normalidade".
Acrescentando que está a lidar "bem com a quarentena", Coates deixou a garantia de que "a família também está bem" e elogiou a forma como Portugal se posicionou rapidamente no combate à propagação do novo coronavírus: "Aqui em Portugal os números não são tão elevados como em Itália ou Espanha. São países que estão próximos e, com a experiência que tiveram, serviu para que aqui se fechassem rápido as fronteiras e as pessoas começam a ter consciência de que isto ia ser muito sério, que era preciso ficar em casa".
Por fim, sobre o teletrabalho, Coates concluiu assim: ""Estou em casa e por sorte já tinha equipamento para treinar. O clube também esteve muito bem, porque deu equipamento a quem não tinha. Estamos a fazer exercícios para manter a forma física, exercícios que o clube nos deu, fazemos por videochamada. Não é o mesmo, naturalmente, mas dará para quando regressarmos. O mais complicado é não ter contacto com bola, a questão das distâncias, dos 'timings', coisas que se vão perdendo quando não tens treinos ou jogos. Espero que não se note muito quando voltarmos".