A comissão de apoio à recandidatura de Pinto da Costa pediu, esta segunda-feira, ao deputado Carlos Abreu Amorim que "se retrate e assuma que não disse a verdade" quando negou ter assinado qualquer lista de apoio ao presidente do FC Porto.
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Em causa está uma declaração ao "Expresso" do deputado e adepto dos 'dragões' em que diz não ter "memória de ter assinado" o documento que junta centenas de personalidades portugueses no apoio à continuidade do presidente portista.
Em conferência de imprensa, realizada no auditório do Estádio do Dragão, a comissão, pela voz de Fernando Cerqueira e da deputada do PS Rosa Maria Albernaz, garantiu que recolheu a assinatura de Carlos Abreu Amorim, "numa tarde junho de 2015, mais concretamente no bar da Assembleia da República".
"Fui surpreendida com as palavras de Carlos Abreu Amorim. Esta nem foi a primeira vez que ele subscreveu o documento. Talvez tenha tido um branqueamento. Não admito que diga que eu ou quem está na comissão falsifica assinaturas. Mais ninguém se queixou. Sempre o tive como uma pessoa que não se esquece do que faz. Sabe bem que o fez e quando o confrontei com isso ficou aflito. É extremamente importante que isto fique esclarecido porque falsificar uma assinatura é extremamente grave. Que se desculpe ou então me ponha em tribunal", disse Rosa Maria Albernaz.
Fernando Cerqueira, presidente da Comissão, admitiu que, após estas declarações, foi equacionada a hipótese de "avançar com uma queixa-crime contra o deputado", mas esclareceu que essa não era o melhor cenário para o seio da família portista.
"Exigimos ao deputado Carlos Abreu Amorim que, como prova de bom senso e respeito por todos os portistas, assuma o erro. Queremos apenas que se retrate ao invés de avançarmos com uma queixa crime", esclareceu.
Carlos Abreu Amorim esclareceu, após a conferência, que não se recorda de ter assinado o documento de apoio ao atual presidente portista, no entanto, admitiu que não teria qualquer problema em fazê-lo, uma vez que considera que Pinto da Costa é a melhor pessoa para assumir esse cargo.
"A verdade é que, a esta distância, não me recordo se a deputada Rosa Maria Albernaz me pediu, ou não para assinar o documento, muito menos se o assinei. Não estou a dizer com isto que alguém está a mentir. Mas não me recordo de o ter feito", começou por explicar.
"O que recuso é essa ideia de me estarem a colar a uma máscara de oposição ao presidente Pinto da Costa. Julgo, como sempre referi, que deveria ter feito uma renovação na equipa diretiva. Mas isso é a minha opinião. Como portista tenho o direito à crítica sempre que considere que é oportuno. Mas não sou contra a recandidatura. Não existe melhor pessoa para assumir o cargo", disse ainda.