Treinador do F. C. Porto sentiu-se "massacrado" durante a semana pelo que disse sobre o tempo útil de jogo após a derrota com o Rio Ave.
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Na antevisão da partida deste sábado com o Gil Vicente, em Barcelos, Sérgio Conceição comentou a janela de transferências, que fechou na quinta-feira à noite, com quatro reforços contratados pelo F. C. Porto (Samuel Portugal, David Carmo, André Franco e Gabriel Veron).
"No mercado, os treinadores querem sempre mais. O que eu tenho a fazer, como empregado do clube, é treinar os jogadores que tenho à disposição e fazer o máximo. Tenho muita confiança e estou plenamente convicto de que estaremos à altura das exigências deste clube e do que definimos como objetivos. Dentro do que foi possível, fazer o máximo [...] Vamos lutar para ganhar as provas internas e para passar a fase de grupos da Liga dos Campeões", afirmou.
O técnico portista acrescentou que a derrota de domingo passado em Vila do Conde "não teve a ver com a qualidade individual e coletiva da equipa", mas com uma "má abordagem ao jogo de todo o grupo de trabalho, incluindo do treinador".
"Fizemos uma primeira parte má e o adversário mereceu ganhar", sublinhou Conceição, que se sentiu "massacrado" durante a semana por ter criticado o tempo útil do jogo com o Rio Ave, cuja média foi "um bocadinho superior" aos outros.
"Não tive informação nenhuma sobre o tempo útil e falei pela sensação que tive do banco na segunda parte. Acho piada a quem mete rapidamente as garras de fora para extrair algo que lhes interessa do meu discurso, depois de eu ter assumido a culpa da má primeira parte que fizemos e daquilo que se passou na segunda, na qual tivemos ocasiões suficientes para ganhar", disse.
Sobre a preparação para o embate com o Gil Vicente, que definiu como "difícil", Sérgio Conceição assumiu que viveu uma semana complicada. "Nunca é fácil trabalhar em cima de derrotas, mas há formas de perder e esta derrota, para mim, foi a mais pesada, não em termos de números, mas daquilo que foi a prestação da equipa. Somos um clube em que a vitória é o mínimo que nós exigimos. Foi uma semana que começou de forma difícil. Em cinco anos perdemos 12 ou 13 jogos e esta foi a derrota que mais me custou", referiu.
"Isso foi falado com os jogadores de forma muito frontal e sincera, olhos nos olhos. Os nomes são ditos no balneário, na relação muito honesta que temos entre treinador e jogadores. Nisso, podem contar com um F. C. Porto fortíssimo, como esteve durante estes cinco anos", acrescentou.