O treinador do F. C. Porto fez a antevisão do clássico desta sexta-feira, frente ao Sporting, e admitiu que o desfecho do duelo, não sendo decisivo, pode ser muito importante nas contas do título, atendendo ao confronto direto entre os dois clubes. Conceição desvalorizou as ausências de jogadores importantes nas duas equipas.
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"Quando entrámos no último terço do campeonato, todos os pontos são importantes. É um rival, é um jogo que pode valer mais do que três pontos, devido ao confronto direto. Não podemos fugir a isso e isto não é para causar pressão ao adversário. Depois deste jogo, ainda faltam 27 pontos em disputa. Amanhã é uma etapa e um obstáculo importante que queremos passar para dar continuidade à nossa caminhada em busca do que queremos: ter mais um ponto do que os adversários no final do campeonato", afirmou Sérgio Conceição.
O técnico foi questionado sobre se uma eventual vitória portista afasta o Sporting da luta pelo título, mas guardou a resposta para amanhã à noite: "Isso é "se, se, se" e não devemos ir por aí. Compreendo a pergunta. Tem sido uma luta muito interessante dentro do campo entre os três maiores clubes de Portugal. Se nós ganharmos, fica prometido que respondo a essa pergunta no final do jogo".
Admitindo ser "diferente" defrontar um Sporting com ou sem Bas Dost - "Doumbia tem características diferentes" -, Conceição admitiu que gosta sempre de ver os melhores jogadores em campo, mas não se quis pronunciar sobre o pedido de despenalização do Sporting ao castigado Gelson Martins. "A justiça no futebol... não queria entrar por aí. Eu gosto sempre de ver os bons jogadores. Gelson é uma mais-valia para o Sporting, se jogar cá estaremos para o receber. Não tenho de me meter nesse assunto, se é justo ou não. Cá estaremos para defrontar Sporting na máxima força, jogue quem jogar".
Com vários jogadores lesionados, Sérgio Conceição voltou a elogiar a qualidade do plantel portista, o que tem permitido "esquecer" ausências de jogadores tão importantes como Ricardo, Alex Telles, Danilo e Aboubakar, por exemplo: "É mais de metade da equipa e não vi grande destaque da Imprensa sobre essas ausências: é bom sinal, porque quem foi utilizado respondeu à altura. Isso, para mim, é positivo como treinador. Disse que não me ia desculpar com ausências e ganhámos 5-1 ao Portimonense. Sempre disse que o plantel, em termos qualitativos, me dava todas as garantias e mantenho".
O técnico foi confrontado com um possível excesso de confiança por parte do F. C. Porto, devido aos cinco pontos de vantagem que tem sobre Benfica e Sporting, ouvindo como exemplo as palavras de Dias da Cunha, ex-presidente dos leões, que aposta numa vitória azul e branca.
"Excesso de confiança de quem? Do Dias da Cunha? (risos) Não há excesso de confiança, a confiança está nos resultados, nada mais nos traz essa confiança. As coisas têm corrido bem, depois de um jogo mal conseguido na Liga dos Campeões e superamos Rio Ave, Estoril e Portimão com distinção. O que vem escrito nos jornais é importante para nós, os mais velhos, mas esta nova geração do futebol nem liga muito aos jornais. Eles são mais ligados ao Twitter e ao Instagram", finalizou.