De alunos de graduação a cirurgiões e especialistas de várias áreas da saúde, foram dois dias de partilha de conhecimento em medicina desportiva, ortopedia, fisioterapia, tecnologias e diversas técnicas de tratamento.
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O XXI congresso das Clínicas Espregueira decorreu esta sexta e sábado, na cidade do Porto, na Fundação Cupertino de Miranda, que acolheu mais de 500 participantes e 50 palestrantes, moderadores nacionais e internacionais e juntou dezenas de especialistas, médicos, fisioterapeutas e nutricionistas. “É uma oportunidade única para as pessoas trocarem ideias, fazerem atualização de conhecimentos e boas práticas. A medicina desportiva, a ortopedia e a fisioterapia, que são as áreas que procuramos desenvolver mais nesta edição, mas também a tecnologia e a técnica. A prática baseada em evidências é, de tal forma, acelerada nos dias de hoje, que não há nenhuma forma de se manter atualizado a não ser participar neste tipo de eventos. O facto de termos aqui, desde alunos de graduação ao cirurgião mais experimentado, mostra bem o ambiente de partilha, de promoção das boas práticas entre todos os stakeholders que concorrem, naturalmente, para a saúde das pessoas e para a sociedade”, explicou o professor Rogério Pereira, fisioterapeuta e especialista em motricidade, que coorganizou o evento.
Os dois dias de congresso permitiram abordar um vasto leque de temas, desde os joelhos e soluções terapêuticas; entorses do tornozelo; fraturas de fragilidade, prevenção e terapêuticas. Mas também o ombro, tendinopatias, bursites e rotura da coifa dos rotadores; a mulher e o desporto; lesões musculares no membro inferior; fisioterapia no futebol profissional e a reparação dos meniscos medial e lateral do joelho. “Nos congressos das Clínicas Espregueira procurámos, através do ecletismo do programa, tocar em várias áreas do conhecimento, não só para tratar atletas de alta competição, mas para todos aqueles que praticam exercício físico e que também precisam de apoio”, sublinhou.
Com especialistas oriundos de vários clubes de futebol, e não só, esta também foi uma oportunidade para perceber como é que se articula o departamento médico com o departamento técnico, quando se conhece o calendário carregadíssimo que os jogadores enfrentam todas as temporadas. “A densidade dos jogos é um fator de risco para lesões, nomeadamente, lesões musculares ou até lesões também de sobrecarga. A única forma que temos de garantir que cada atleta recebe exatamente o treino e, sobretudo, um treino complementar, ou uma especificidade para prevenir determinada lesão, é fazendo uma avaliação detalhada de cada um e, depois subagrupar os atletas”, apontou Rogério Pereira.
Às portas do centenário de dedicação à saúda, à ortopedia e à traumatologia, de três gerações da família Espregueira Mendes, 2026 promete mais desafios. “Aposta foi sempre na educação e, por isso, é que temos estes congressos e os cursos da Academia Clínica Espregueira, que estão nos cinco continentes. A segunda aposta é a investigação e nesse campo temos três
pessoas dedicadas a tempo inteiro à investigação e mais de 300 publicações. Por último, fazemos, naturalmente, uma aposta nas boas práticas. Portanto, interessa perceber que isto é uma etapa de um caminho que, no próximo ano, celebra 100 anos e isto não é uma coisa que apareceu do nada e acho que isso é importante dizê-lo”, finalizou.