Conselho de Disciplina arquiva processo por alegada corrupção no Estoril-F. C. Porto
O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou, esta quarta-feira, o arquivamento do processo de inquérito instaurado ao jogo Estoril-F. C. Porto, em 2017/18, que tinha sido alvo de denúncia por supostos atos de corrupção.
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O encontro, da 18.ª jornada do campeonato de 2017/18, começou a 15 de janeiro e foi interrompido ao intervalo, altura em que o Estoril vencia por 1-0, depois de terem surgido fissuras na bancada do Estádio António Coimbra da Mota reservada aos adeptos portistas.
Os simpatizantes azuis e brancos acabaram por se refugiar no relvado, com medo que a bancada colapsasse, e a partida acabou por ser retomada a 21 de fevereiro. Os dragões deram a volta ao jogo e acabaram por triunfar por 3-1.
Entretanto, foi feita uma denúncia anónima junto da Procuradoria-Geral da República por alegada corrupção, que seria encaminhada para o Departamento de Investigação e Ação Penal, tendo como base um transferência de dinheiro feita pelo F. C. Porto ao Estoril uma semana antes da realização da segunda parte do encontro.
Na altura, o então diretor de comunicação do F. C. Porto, Francisco J. Marques, explicou que o pagamento dos 784 mil euros ao Estoril foi para saldar dívidas pelas transferências de Carlos Eduardo e Licá e que a decisão de a liquidar naquela altura se deveu ao facto de a SAD dos dragões ter dinheiro em caixa, graças à realização, pouco tempo antes, do jogo com o Liverpool, da Liga dos Campeões.
Tanto Estoril-Praia como F. C. Porto negaram qualquer ato de corrupção e agora, mais de seis anos depois, o CD da FPF arquivou o processo de inquérito que tinha como objeto "notícias na comunicação social relativas a eventuais atos de corrupção".