Conselho de Disciplina divulga acórdão do processo de interdição do Estádio do Dragão
O Conselho de Disciplina divulgou o acórdão do processo disciplinar que esteve na origem da ordem de interdição do Estádio do Dragão. Utilização de engenho pirotécnico feriu duas crianças, na visita do F. C. Porto ao terreno do Moreirense.
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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) divulgou, esta terça-feira, o acórdão relativo ao processo disciplinar que originou a interdição do Estádio do Dragão por um jogo.
A utilização de um engenho pirotécnico, por parte de adeptos do F. C. Porto, no encontro da primeira jornada da liga portuguesa, entre os dragões e o Moreirense, resultou no ferimento de duas crianças, e a agressão de um adepto dos dragões, a outro simpatizante do mesmo clube, estiveram na génese da suspensão.
"A sociedade desportiva (...) que incumpre os deveres regulamentares e legais que sobre ela impendem ao nível da segurança do espetáculo desportivo, não obstando a que o seus adeptos, durante um jogo oficial, deflagrem e arremessem artefactos pirotécnicos, tendo um deles, (petardo) atingido duas crianças, uma de 10 anos que ficou temporariamente sem audição em virtude do barulho do rebentamento do petardo e manifestou tonturas e vómitos, tendo sido assistida no Hospital e outra de 17 anos que ficou com uma queimadura superficial na perna, mercê de ter sido atingida por partes do referido engenho pirotécnico, tendo sido assistida pela equipa médica presente no estádio, assim criando uma situação de perigo para a segurança daqueles espectadores, materializada em lesões à sua integridade física, como também uma situação de risco para a tranquilidade e segurança públicas", expressa o comunicado divulgado, sobre o petardo que feriu as duas crianças.
Relativamente ao confronto físico entre dois adeptos portistas, o Conselho de Disciplina da FPF enumerou as agressões desferidas pelos dois apoiantes visados: "murros na face, na nuca e nas costas, dentro do estádio, no espaço entre o bar e a casa de banho feminina afeta à bancada topo norte, num momento em que decorria o intervalo de um jogo oficial", frente ao Moreirense, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
O F. C. Porto recorreu da decisão do CD da FPF ao Tribunal Arbitral do Desporto, e apresentou uma providência cautelar que impedirá a aplicação da interdição do Estádio do Dragão no imediato.