Corrida de loucos fecha com Miguel Oliveira em 11.º e com Marc Márquez no topo

O 13.º Grande Prémio de Moto GP, em São Marino, trouxe aquela que, até ao momento, foi a corrida mais agitada da época. A meteorologia sempre teve um papel fundamental no motociclismo, por vários fatores, sobretudo no que diz respeito à gestão dos pneus. Ora, na sessão de hoje, as condições climatéricas, mais especificamente a chuva, pesaram (e muito) para a classificação final e levou a uma verdadeira revolução. Miguel Oliveira (Trackhouse-Aprilia) foi perspicaz e colheu os frutos dessa abordagem para terminar no 11.º lugar.  

Indo pelo começo, Franco Morbidelli (Pramac-Ducati) "botou as garras" de fora no arranque e tomou o lugar do colega de equipa Jorge Martín, colocando-se numa perseguição ao líder Francesco Bagnaia (Ducati), que partiu da pole position. A este grupo de pilotos da Ducati juntou-se o rookie Pedro Acosta (GasGas-KTM). 

No entanto, após as primeiras voltas, houve alguns toques, mudanças na frente, e Morbidelli passou a disputar o terceiro posto com Acosta. O espanhol, após um deslize, caiu a 24 voltas do final. Um destino que seria idêntico para o italiano, que, a 21 voltas do término, perdeu o controlo da mota e acabou por cair no asfalto. Desta forma, antevia-se nova luta pela vitória entre os dois alfas: Bagnaia e Martín. 

Depois de um par de voltas numa luta intensa, o revés surgiu com o adensar da chuva em Misano. Martín não aguardou, recorreu à box e trocou para uma mota com outro tipo de pneus - exemplo que vários pilotos seguiram. Um erro, pois a chuva estagnou e "Martinator" viu-se obrigado a regressar à box para trocar novamente de mota, perdendo, por completo, a discussão da prova e colocando em perigo a liderança do mundial.

Na frente, Marc Márquez (Gresini-Ducati), que rodava fora dos lugares de pódio, operou um verdadeiro golpe de teatro, entrou na luta e assumiu a dianteira. O espanhol distanciou-se de "Pecco" Bagnaia, fazendo o bis em corridas de domingo. Por sua vez, Enea Bastianini (Ducati) reservou lugar no último degrau do pódio.

Já Miguel Oliveira (Trackhouse-Aprilia) não teve o melhor começo de prova. "Falcão" saiu do 18.º lugar, chegou a rodar na vigésima posição, mas, fruto de uma boa tática, não foi precipitado, manteve-se em pista e essa abordagem teve efeito prático. O piloto português aproveitou a instabilidade na corrida para subtilmente ascender até ao 11.º lugar, conquistando cinco pontos para o mundial de pilotos.  

Este desfecho provocou alterações no mundial de pilotos. Martín segue na frente com 312 pontos, mas vê a distância para "Pecco" encurtar para sete. 

Ainda distante do top-10, Miguel Oliveira segura o 13.º posto com 65 pontos.