A presença do primeiro-ministro na comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira às eleições no Benfica não caiu bem, principalmente entre os outros candidatos.
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Bruno Costa Carvalho, que foi candidato nas eleições de 2009 como alternativa a Vieira, reagiu com desagrado à presença do nome de António Costa, primeiro-ministro e secretário-geral do PS, na comissão de honra do atual presidente dos encarnados.
"Posso dizer que votei no PS e em António Costa, mas nunca mais o farei na minha vida. Tenho vergonha do meu voto. Tenho vergonha do meu país", escreveu Bruno Costa Carvalho no Facebook.
"Não nos esqueçamos que Luís Filipe Vieira é arguido num caso de corrupção de um juiz desembargador que até já foi expulso das suas funções pelos seus pares", recordou Bruno Costa Carvalho. "Quero ver a posição em que ficará António Costa se for deduzida uma acusação contra Luís Filipe Vieira", acrescentou.
Considerando que "este país está num caminho impensável", Bruno Costa Carvalho referiu-se, também, à inclusão de Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, na mesma comissão de honra.
https://www.facebook.com/bruno.carvalho.963434/posts/10220700801128917
"Como cidadão, devo dizer que acho completamente incompreensível que um Primeiro-Ministro e um Presidente da Câmara se metam nas eleições do Benfica. Bem sei que o fazem a nível de cidadãos, mas esses cidadãos ocupam esses cargos e sabem bem que nunca conseguirão despir essa pele", acrescenta Bruno Costa Carvalho.
A presença de António Costa, noticiada pelo jornal "Expresso", na comissão de honra da lista de Luís Filipe Vieira começou por causar indignação junto de outros dos candidatos às eleições no Benfica.
"Cada um tirará as suas conclusões acerca da presença do primeiro-ministro na comissão de honra de Luís Filipe Vieira", escreveu, no Twitter, Noronha Lopes, ainda no sábado à noite, quando a informação foi conhecida, comprometendo-se a "zelar para separação escrupulosa entre futebol e política."
Mas o assunto já está a mexer, também, com a política. Este sábado, à saída da reunião do Conselho Consultivo do PSD, em Coimbra, o presidente social-democrata, Rui Rio, considerou que "nada disto faz sentido" e lembrou que "até há problemas de ordem judicial metidos" no futebol.
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