Cova da Piedade acusa Liga de Clubes de impedir recurso da descida de divisão para o TAD
O Cova da Piedade acusou esta quarta-feira a direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) de impedir o recurso da descida de divisão diretamente para o TAD, condicionando "o começo da nova época ao modelo pretendido pelo presidente da direção".
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O clube reagiu, em comunicado, momentos depois de ser notificado pelo Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que se considerou "incompetente" para apreciar o recurso dos piedenses sobre o fim definitivo da LigaPro, devido à pandemia de covid-19, e consequente despromoção da equipa ao Campeonato de Portugal.
Os piedenses congratularam, desta forma, o órgão federativo pela "decisão célere" de remeter o recurso para o Tribunal Arbitral de Desporto (TAD) "sem mais enredos desnecessários".
"Fica assim derrotada, mais uma vez, a deliberação da direção da Liga que expressamente notificou o Cova da Piedade para a obrigatoriedade de recurso para o CJ da FPF, implicando mais tempo de espera e menos tempo útil para corrigir as ilegalidades até ao início da nova época desportiva, colocando em causa o efeito útil de uma decisão diferente proferida pelo órgão judicial competente", lê-se no documento assinado pela administração da SAD.
Além disso, os "grenás" congratulam ainda a convocatória da Assembleia Geral da LPFP para segunda-feira, que dizem "devolver aos clubes a decisão sobre a alteração do regulamento das competições nesta época, nomeadamente da suspensão total e definitiva da II Liga, que só aos clubes cabe decidir unanimemente e não à direção".
Nesse sentido, o Cova da Piedade confirma que apresentou "duas propostas" de alteração e aditamento à ordem de trabalhos da reunião magna de clubes de segunda-feira.
"A primeira, visando a deliberação sobre a alteração ao regulamento e a suspensão total e definitiva da competição, uma vez não verificada a possibilidade de prorrogação da LigaPro, como não implicando as descidas e subidas de divisão; a segunda, propondo a realização de uma Assembleia Geral extraordinária após a conclusão da Liga para analisar os atos do presidente da direção e a tomada de um voto de censura e sua responsabilização perante a Liga", revela o documento enviado às redações.
No momento da interrupção da LigaPro e posterior cancelamento definitivo, o Cova da Piedade ocupava o 17.º e penúltimo lugar, com 17 pontos e a sete do Vilafranquense, primeira equipa acima da linha de água, enquanto o Casa Pia seguia em último, com 11 pontos.