Craques de Miami, estabilidade do Palmeiras e força do Al Ahly são obstáculos para o F. C. Porto
O F. C. Porto integra o Grupo A da fase inicial do Mundial de clubes, juntamente com os brasileiros do Palmeiras, orientados pelo português Abel Ferreira, os egípcios do Al Ahly e os norte-americanos do Inter Miami, onde atua, entre outros nomes sonantes, Lionel Messi.
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O sorteio da fase de grupos do Mundial de clubes gerou um Grupo A, à primeira vista, equilibrado, no qual está inserido o F. C. Porto. Os dragões, que saíram do Pote 2, evitaram os tubarões europeus que se perfilavam como cabeças de série e viram sair-lhes em sorte o Palmeiras, campeão brasileiro em título, que é orientado pelo português Abel Ferreira.
O "verdão" ainda está na luta pela revalidação do título no Brasileirão - precisa de vencer o Fluminense na última jornada e esperar por um deslize do líder, Botafogo, diante do São Paulo - e tem no espírito combativo uma das suas principais armas.
Caso raro de longevidade no banco de uma equipa no Brasil, Abel Ferreira prepara-se para concluir a quinta temporada consecutiva no comando do Palmeiras. O treinador português apresenta um currículo invejável, com duas Taças dos Libertadores e dois títulos de campeão brasileiro como destaques principais.
O onze habitual do Palmeiras concilia a experiência de elementos como Weverton, Gustavo Gómez ou Raphael Veiga, com jovens talentos que já viraram certezas no futebol brasileiro, com o central Vitor Reis e o avançado Estêvão como principais rostos da nova geração de craques do "verdão".
Porém, até ao próximo verão, Abel Ferreira, treinador que a presidente do clube, Leila Pereira, já revelou querer manter independentemente do desfecho da atual edição do campeonato brasileiro, já sabe que vai perder a joia da coroa, Estêvão, para o Chelsea, num negócio que ronda os 35 milhões de euros, ficando por perceber se esta será a única saída impactante no plantel do clube de São Paulo.
Messi lidera constelação em Miami
Curiosamente, do Pote 4 saiu a equipa mais meditática do Grupo A, o Inter Miami, onde se reuniu uma constelação de estrelas que se aproximam a passos largos do apogeu nas respetivas carreiras.
Lionel Messi é, aos 37 anos, figura cabeça de cartaz de um plantel que reúne craques intemporais como os internacionais espanhóis Jordi Alba ou Sergio Busquets e o internacional uruguaio Luis Suárez, todos eles trintões consolidados e antigos colegas de equipa numa das versões mais temíveis do Barcelona de toda a história.
A entrada do Inter Miami no Mundial de clubes gerou polémica, uma vez que o apuramento da equipa, cujo proprietário é a antiga superestrela inglesa David Beckham, deveu-se à vitória na fase regular da MLS, e não por ter sido campeão da Liga norte-americana de futebol. Aliás, o Inter Miami foi afastado logo nos oitavos de final do play-off da MLS, às mãos do Atlanta United.
Entretanto, Javier Mascherano juntou-se aos antigos companheiros de equipa em Miami, agora como treinador, o que reforça o sentimento de nostalgia, sobretudo dos fãs da era dourada do "tiki taka" em Barcelona, sempre que a equipa entrar em campo.
Não sendo favorito a avançar para a fase a eliminar do Mundial de clubes, o Inter Miami será, certamente, uma das equipas que mais atenções irá centrar enquanto estiver em prova no torneio. O primeiro jogo da prova vai tê-lo em campo e isso não acontece por mera casualidade...
Um gigante vindo do Egito
O adversário do Inter Miami no arranque da primeira edição do Mundial de clubes será o Al Ahly, um gigante no Egito e no futebol africano, que foi orientado, com grande sucesso, pelo técnico português Manuel José, em três períodos distintos no início do milénio.
Os egípcios qualificaram-se para o Mundial de clubes pelos títulos alcançados na Liga dos Campeões africana nas temporadas de 2020/2021, 2022/2023 e 2023/2024, época em que se sagrou, igualmente, bicampeão do Egito.
É considerado o clube com mais adeptos no Egito, contando no currículo 43 títulos de campeão nacional e 12 Ligas dos Campeões africanas, entre outros registos relevantes.
O internacional tunisino Ali Maâloul, recordista de assistências e o defesa com mais golos apontados na história do clube, lidera, aos 34 anos, um grupo com poucos nomes sonantes. O central ex-Sporting Rami Rabia é presença habitual no onze inicial dos "red devils" egípcios.