Habituados a proteger chefes de Estado e arguidos, grupo tem a missão de escoltar a seleção 24 horas por dia na Hungria.
Corpo do artigo
Uma unidade de elite da PSP, especializada em proteção de pessoas, escolta a seleção portuguesa em Budapeste, 24 horas por dia, até ao fim do torneio. Nada é deixado ao acaso pelos operacionais, que dormem e comem paredes-meias com os craques, acompanhando-os também em todas as viagens e percursos.
No Euro 2004, a guarda permanente à comitiva lusa era realizada apenas por dois elementos, mas a necessidade de proteção à equipa tornou-se cada vez mais importante e o número atual mais do que dobrou. O título de campeão europeu, conquistado há cinco anos, e o mediatismo cada vez maior de Cristiano Ronaldo tornaram Portugal num alvo que passou a exigir cuidado máximo.
Os elementos operacionais, presentes no estágio luso, pertencem ao corpo de segurança pessoal, uma subunidade altamente operacional da unidade especial da PSP. Além da seleção portuguesa, são os mesmos, por exemplo, que garantem segurança a arguidos e às figuras mais importantes do Estado português, como Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa.
Na seleção, estão permanentemente em vigilância, como sucedeu, por exemplo, ontem no primeiro treino de Portugal, no recinto do Vasas, em Budapeste. Extremamente discretos, preocupam-se em ocupar locais estratégicos, seja na bancada, na rua, ou no hotel e estão atentos a todos os passos de elementos estranhos.
Não é fácil entrar na unidade de elite da PSP. É necessário concorrer e, caso sejam aceites, são obrigados a cumprir um curso extremamente rigoroso, com a duração mínima de seis meses, sendo obrigados a adquirir qualidades operacionais excecionais. O manejo da arma de fogo é uma das principais, assim como a capacidade de luta corpo a corpo e a de saber efetuar condução ofensiva. São poucos, muito poucos, os que chegam ao fim do curso. Dito por outras palavras, Cristiano Ronaldo e companhia estarão bem protegidos durante a sua campanha no Euro 2020, sempre em colaboração com as autoridades húngaras.
O terrorismo e potenciais atentados são outros tipos específicos de violência levados muito a sério pela PSP.
13827114